O BPI considera que a vitória da coligação PSD-CDS implica uma continuidade na regulação energética. Numa nota para investidores, publicada esta segunda-feira, 5 de Outubro, a unidade de investimento do banco escreve que o novo Governo deverá manter a política energética, nomeadamente no que concerne a contribuição extraordinária do sector. 

"No sector energético, a vitória do PàF deverá impedir qualquer mudança significativa na regulação, mesmo num cenário de apoio do PS à coligação de Governo, uma vez que a energia não foi um ponto central nas discussões durante a campanha" eleitoral, escreve a equipa de analistas do banco, na nota de "research", mantendo inalterada a recomendação e avaliação das acções da Galp, EDP e REN. 

A contribuição extraordinária no sector, que representa um total de cerca de 150 milhões de euros por ano, a pagar pela EDP, Galp e REN, é a questão política central para a unidade de investimento do BPI. "A continuidade do Governo que estabeleceu o imposto assegura um certo nível de conforto na continuação deste percurso", que prevê a redução da taxa em 2016 e eliminação em 2018. Contudo, o BPI recorda que o Governo tinha proposto inicialmente a aplicação da contribuição extraordinária apenas em 2014, tendo entretanto prolongado.

As acções do sector energético negoceiam em alta, esta segunda-feira, com ganhos em torno de 2%. A Galp avança 2,13% para 9,514 euros e a REN valoriza 1,82% para 2,80 euros. A EDP sobe 1,92% para 3,404 euros e a afiliada EDP Renováveis aprecia 2,77% para 6,166 euros.   

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.