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BPI sobe avaliação das acções do BCP
O novo preço-alvo incorpora um potencial de valorização de 8%, pelo que a recomendação das acções do BCP foi revista em baixa.
O BPI Equity Research elevou o preço-alvo das acções do Banco Comercial Português, de 0,33 euros para 0,35 euros, tendo contudo descido a recomendação de "comprar" para "underperform", dado o limitado potencial de valorização.
O novo preço-alvo representa um potencial de valorização de 8%, sendo que as acções do banco liderado por Nuno Amado registaram uma subida de 34% desde que o BPI reiniciou a cobertura das acções. É este forte desempenho dos títulos (alta de 17,5% em 2018) que levou o banco de investimento do BPI a baixar a recomendação.
Na nota de "research" publicada esta quinta-feira, o BPI justifica a subida da avaliação do BCP com a revisão em alta das estimativas para os resultados do banco. E também com a actualização dos prémios de risco de dois países onde o BCP está presente (Polónia e Moçambique).
O BPI aguarda uma evolução positiva no balanço do BCP no quarto trimestre, bem como nas métricas que medem a qualidades dos activos do banco. Os "nonperforming exposures" (NPE na sigla em inglês, que indica os activos de má qualidade) deverão ter descido 3% no quarto trimestre, face aos três meses anteriores, totalizando 6,9 mil milhões de euros.
Quanto aos resultados líquidos, o BPI estima que tenham atingido 40 milhões de euros nos últimos três meses do ano passado, o que representa uma queda de 9% face aos tês meses anteriores e compara com os 275 milhões de euros no mesmo período de 2016.
O BPI até cortou em ligeira baixa a sua previsão para os lucros por acção de 2017 (-7%), mas elevou as projecções de médio prazo em cerca de 1%. O banco estima que o BCP registe um crescimento médio anual de 73% no lucro ajustado por acção entre 2016 e 2020, com "a recuperação da unidade portuguesa a ser sustentada pela descida do risco, custos de financiamento mais reduzidos e, eventualmente, taxas de juro mais elevadas".
O BPI acrescenta que o BCP é uma "história de recuperação de resultados", tendo também elevado a sua previsão para o rácio de capital CET1 para 11,8%, perspectivando também uma variação positiva no crédito concedido.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.