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BPI dá potencial de 30% à Sonae Capital e vê margem para aumento dos dividendos
Os analistas do BPI, que subiram o preço-alvo das acções para 1,32 euros, acreditam que a Sonae Capital pode distribuir até 45 milhões de euros em dividendos em 2018/2019.
O BPI subiu o preço-alvo para as acções da Sonae Capital em 10%, de 1,20 para 1,32 euros, mantendo a recomendação de "comprar". Tendo em conta a cotação actual (1,014 euros), a nova avaliação traduz um potencial de subida de 30%.
Numa nota de análise divulgada esta sexta-feira, 19 de Janeiro, os analistas justificam a melhoria com a evolução mais positiva do que o esperado do EBITDA nos primeiros nove meses de 2017 e com a incorporação dos ginásios Pump, juntamente com um forte ritmo de novas aberturas.
O BPI destaca ainda que a Sonae Capital é uma empresa muito exposta ao imobiliário e ao turismo, dois sectores que vivem uma forte dinâmica em Portugal. Esse momento favorável – que deverá continuar a ser alimentado pelo turismo – poderá permitir algumas vendas de activos que, por conseguinte, deverão resultar no aumento da remuneração aos accionistas.
"A Sonae Capital está exposta ao sector imobiliário e acreditamos que a forte dinâmica deste sector deverá permitir vendas relevantes, no curto prazo. Vemos o Troia Resort UNOP 3 como o mais líquido e o projecto Efanor deverá ser o próximo em linha", avança o BPI. "Isto, ligado com outras vendas de activos imobiliários poderá permitir um encaixe de 60 milhões em 2018".
Os analistas lembram que a empresa liderada por Cláudia Azevedo pretende usar parte do encaixe com a venda de activos para remunerar os accionistas. "Depois de dois anos de grandes dividendos acreditamos que a Sonae Capital pode distribuir até 45 milhões de euros em dividendos em 2018/2019 se estas vendas se materializarem", antecipam os analistas.
As acções da Sonae Capital sobem 3,26% para 1,014 euros, depois de terem chegado a ganhar um máximo de 3,87% para 1,02 euros, o valor mais elevado desde Maio do ano passado.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.