Os analistas do Barclays consideram que, ainda que a incerteza em torno das cotações do petróleo permaneça a curto prazo, os preços da matéria-prima vão recuperar nos próximos anos. E identifica boas oportunidades de investimento no sector europeu. A Galp é uma das companhias onde o banco de investimento britânico vê oportunidades.

"Embora a incerteza permaneça a curto prazo no preço do petróleo, é claro que dada a queda das taxas na indústria a cena está a ser definida para preços superiores mais tarde na década", sendo a grande questão se isto vai acontecer em 2016, 2017, 2018 ou 2020, defendem os analistas numa nota para o sector, na sequência de uma conferência sob o tema "petróleo e dinheiro" que está a decorrer em Londres.

Os especialistas acreditam que a produção nos EUA poderá cair 700 mil barris por dia até Janeiro de 2016, de acordo com Mark Papa, ex-CEO da EOG, um dos participantes que discursou no encontro.

"Vemos a relação entre o prémio e o risco oferecido pelas acções do sector da energia europeias como tentador com oportunidades atractivas particularmente na RDS, Total, BP e Galp", adiantam os especialistas na mesma nota.

O Barclays atribui um preço-alvo de 15 euros à petrolífera portuguesa, com uma recomendação de "overweight". O "target" confere um potencial de subida de 46,4% face à cotação actual da companhia.

As acções estão a valorizar 2,76% para 10,245 euros esta manhã. Os títulos estão em alta há seis sessões consecutivas, período no qual acumulam uma subida de 20,5%, a beneficiarem com a recuperação das cotações do petróleo.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.