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Banif inicia cobertura da Brisa com recomendação de «manter»
O Banif sugere um preço-alvo de 5,95 euros para as acções da Brisa. A estabilização da estrutura accionista, o abrandamento da economia e consequentemente do tráfego, bem como a compra da CCR, são factores que limitam o potencial de subida a apenas 10%.
O Banif Investimento avalia a concessionária de auto-estradas em 3,65 mil milhões de euros, o que conduz a um preço objectivo de 5,95 euros. Este preço, tem um potencial de subida de 10% face à cotação da Brisa de sexta-feira, nos 5,38 euros.
No decorrer de 2002, a Brisa é um dos quatro papéis do PSI20 que conseguiu acumular ganhos, amealhando uma subida de 13,03%, Em 2001, a empresa tinha sido uma das escassas do índice a conseguir fechar o ano sem perder valor.
Para o Banif Investimento, este desempenho esteve relacionado com o carácter defensivo do papel, com um «dividend yield» de 3,8% em 2001, e com especulações sobre uma eventual consolidação.
Em 2002, entretanto, «a estrutura de accionistas da Brisa parece ter-se estabilizado, desvanecendo as especulações em torno da consolidação». O Grupo José de Mello Investimentos controla directamente 10,45% da Brisa e o Banco Comercial Português (BCP) 5,05%.
Um outro factor, que segundo o Banif Investimento condiciona o papel, está relacionado com o abrandamento da economia, «directamente correlacionada ao nível de tráfego nas estradas portuguesas».
A recente aquisição da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), onde a Brisa [BRISA] detém cerca de 17%, apesar do valor estratégico da compra, vem constituir uma nova fonte de incerteza para a Brisa, e deverá pesar nas contas em 2002, segundo a mesma fonte.
As acções da Brisa seguiam com uma valorização 0,37% para os 5,40 euros.