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Wall Street renova máximos após cessar-fogo no Líbano

A redução das tensões geopolíticas acabou por ultrapassar os receios dos investidores sobre as tarifas anunciadas por Trump, com o S&P 500 e o Dow Jones a alcançarem novos recordes.

DR
26 de Novembro de 2024 às 21:13
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As ações dos EUA voltaram a subir esta terça-feira, com os investidores a afastarem os receios sobre os planos de tarifas anunciados por Donald Trump e a redução das tensões geopolíticas a melhorar o otimismo dos mercados, após o anúncio de um cessar-fogo no Líbano.      

O S&P 500 subiu pela sétima sessão consecutiva e alcançou o 52º recorde do ano, avançando 0,59% para 6.022,94 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,28% para 44.860,31 pontos e também fechou em máximos. Já o Nasdaq subiu 0,63% para 19.174,30 pontos.  

       

Os analistas receavam que as tarifas anunciadas pelo presidente-eleito dos EUA, de 10% sobre os bens chineses e de 25% sobre os bens mexicanos e canadianos, pudessem travar o ímpeto recente dos mercados.

Contudo, apesar de uma queda das ações do setor automóvel, como da General Motors Corp. e a Ford Motor Co., que estão expostas a estes países, os principais índices acabaram por progredir, com a redução das tensões geopolíticas no Médio Oriente. 

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu anunciou um acordo de cessar-fogo no Líbano, como tinha sido noticiado nos últimos dias. As tréguas têm início a partir de quarta-feira.

O gabinete de segurança israelita aprovou o cessar-fogo com o Hezbollah e Netanyahu vai agora apresentar os traços gerais do acordo ao restante executivo israelita.

As tréguas acabaram por ofuscar as tarifas, que Trump alega serem necessárias para travar o fluxo de drogas e imigrantes ilegais nas fronteiras. "Vamos ver as tarifas mais como uma estratégia e pensamos que o ladrar vai ser pior que a dentada", disse Andrew Brenner, da NatAlliance Securities, citado pela Bloomberg.   

Alguns participantes no mercado também esperam que as tarifas acabem por não ser implementadas, enquanto outros pensam que poderão ser menos elevadas do que tinha sido prometido na campanha presidencial dos EUA.

"Os mercados tornaram-se bastante mais confortáveis com as perspetivas de as tarifas serem mais fogo de vista e mais táticas negociais do que uma implementação real", refere Jamie Cox, associado executivo da Harris Financial, citado pela CNBC.

As ações aceleraram também apesar de as atas da mais recente reunião da Reserva Federal terem indicado que os responsáveis do banco central apoiam uma abordagem gradual aos cortes das taxas de juro, que poderão ser revistos caso a inflação deixe de progredir em direção ao alvo de 2%.     

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