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Wall Street renova máximo histórico em sessão mais curta

Os dados económicos que foram divulgados antes da abertura da sessão vieram reforçar a perspetiva de corte de juros, que já tinha ficado mais forte depois das nomeações de Donald Trump.

Reuters
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A expectativa de corte de juros por parte da Reserva Federal continua a animar as ações norte-americanas, com o S&P500 a subir pela quinta sessão, atingindo um novo máximo histórico cada vez mais perto dos 3.000 pontos.

 

O índice que agrupa as 500 maiores cotadas dos Estados Unidos sobe 0,25% para 2.990,7 pontos, superando o recorde fixado na terça-feira nos 2.977,93 pontos. O Dow Jones avança 0,17% para 26.833,05 pontos e está muito perto de recordes. Já o tecnológico Nasdaq avança 0,22% para 8.126,6 pontos.

 

A sessão de hoje é mais curta (os trabalhos encerram às 18:00 de Lisboa), devido ao feriado de 4 de julho que se celebra amanhã, dia em que Wall Street estará encerrado.

 

A explicação para o sentimento positivo que se vive esta quarta-feira em Wall Street é o mesmo das sessões anteriores (o corte de juros por parte da Fed), mas há dados novos a reforçar esta expectativa.

 

Antes da abertura do mercado foram revelados dados dececionantes sobre a evolução do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo os números do ADP Research Institute, o setor privado criou 102 mil postos de trabalho em junho, muito abaixo dos 140 mil esperados pelos economistas consultados pela Reuters.

 

Em relação a maio, o crescimento foi revisto em alta de 27 mil para 41 mil, o que ainda assim representa a pior marca desde março de 2010.

 

Os números conhecidos esta quarta-feira aumentam os receios sobre a possibilidade de o crescimento do emprego nos Estados Unidos estar a perder força, apesar de a economia norte-americana estar já no seu 11º ano de expansão, um novo recorde para os Estados Unidos. Na sexta-feira serão conhecidos os dados do governo sobre a evolução do emprego, que compreendem tanto o setor público como o privado. A expectativa é que a taxa de desemprego se tenha mantido em 3,6%.

 

Já os pedidos de subsídio de desemprego desceram em oito mil para 221 mil, quando os economistas apontavam para 223 mil.

Já depois da abertura foi divulgado mais um indicador económico que aponta para o abrandamento da maior economia do mundo. O PMI dos serviços recuou para mínimos de julho de 2017, situando-se abaixo do esperado pelos economistas.

 

Estes dados reforçam a expectativa de que a Reserva Federal terá que descer os juros em breve para travar o enfraquecimento da economia norte-americana.

 

E há outro fator que reforça a ideia de descida dos juros por parte do banco central. Donald Trump propôs dois nomes para o Conselho da Reserva Federal (Christopher Walter e Judy Shelton) que também são vistos como defensores de uma descida dos juros, em linha com o que tem sido defendido publicamente pelo líder da Casa Branca.

Entre as cotadas com variações mais expressivas, destaque para a Symantec, que dispara 15,14% para 25,39 dólares depois de ter sido noticiado que a fabricante de chips Broadcom está em fase final de negociações para comprar a empresa de software norte-americana. Já a Broadcom, que tem sede em Singapura mas negoceia no Nasdaq, afunda 3,31% para 285,69 dólares.   

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