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Wall Street recebe voto de confiança de última hora e reduz quedas
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram a perder terreno, mas com quedas bastante abaixo das maiores descidas da sessão, com a recuperação a dar-se na última hora de negociação.
O Dow Jones fechou a cair 0,98% para 25.864,78 pontos e o S&P500 recuou 1,71% para 2.972,37 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite acompanha o movimento de queda, a ceder 3,10% para 8.738,59 pontos.
O índice industrial chegou a cair 3,43% durante a sessão, e o Standard & Poor’s 500 e o Nasdaq registaram descidas superiores a 4%, mas todos conseguiram recuperar parte das perdas na última hora de negociação, com os investidores a darem algum voto de confiança, mas ainda com muita prudência.
Esta foi uma semana de sobe e desce do outro lado do Atlântico – a mais volátil de Wall Street desde que a agência de notação financeira Standard & Poor’s cortou o rating soberano dos Estados Unidos, em agosto de 2011 –, com os receios em torno do impacto económico do Covid-19 a pesarem na negociação.
Apesar das menores perdas no fecho da sessão, Wall Street não conseguiu chegar a terreno positivo, marcando assim a sétima sexta-feira consecutiva em baixa – naquela que é a mais longa série dos últimos 14 anos de sextas-feiras em queda.
A nível global foram eclipsados em torno de 10 biliões de dólares das bolsas devido aos efeitos do coronavírus, que têm levado os investidores a preferir apostar em ativos considerados mais seguros, como o ouro e a dívida.
Os juros das obrigações norte-americanas do Tesouro a 10 anos negociaram em mínimos históricos, nos 0,66%.
Os investidores receiam cada vez mais que a ausência de estímulos orçamentais por parte da Administração Trump, que tem preferido pressionar a Reserva Federal norte-americana no sentido de cortar ainda mais os juros, possa falhar o objetivo de estimular a economia, numa altura em que as companhias aéreas cancelam algumas rotas de voo e muitos eventos estão a ser adiados em todo o país.