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Wall Street mexe pouco. Fed, Irão e China continuam a centrar atenções

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram a revelar uma tendência mista, sem grandes sobressaltos, com a Fed e as tensões dos EUA com a China e com o Irão em foco.

Reuters
24 de Junho de 2019 às 21:11
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O Dow Jones fechou a somar 0,03% para 26.727,54 pontos, tendo chegado a haver a expectativa de poder marcar um novo máximo histórico (o S&P 500 e o Nasdaq Composite já estabeleceram novos máximos de sempre este ano, mas o recorde do Dow remonta ainda a 3 de outubro de 2018, nos 26.951,81 pontos).

 

Em contrapartida, o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,17% para 2.945,35 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,32% para 8.005,70 pontos.

 

Na passada quinta-feira, o S&P 500 marcou um novo máximo histórico (com a perspetiva de um corte de juros pela Fed), mas entretanto a prudência dos investidores devido às tensões comerciais e geopolíticas impediu que continuasse a escalar posições. Contudo, hoje continuou a rondar o nível dos 2.950 pontos, muito perto do seu valor mais alto de sempre.

 

Já o Nasdaq esteve a ser penalizado pelo facto de as suas cotadas dependerem grandemente da China para as suas receitas, e numa altura em que se mantém o impasse na questão de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

 

Os investidores estão a avaliar um cenário de flexibilização da política monetária – um corte de juros por parte da Fed é uma probabilidade já no próximo mês – num contexto de desaceleração da economia mundial.

 

Além da Reserva Federal norte-americana, que continua a ser pressionada por Trump no sentido de descer a taxa diretora – o presidente dos EUA disse que o Dow Jones já poderia estar "milhares de pontos" acima se a Fed "tivesse acertado", tendo acusado o banco central do país de não saber o que está a fazer e de se comportar como uma "criança teimosa".

 

Os intervenientes dos mercados estarão amanhã especialmente atentos ao presidente da Reserva Federal dos EUA, que estará presente num evento em Nova Iorque. Perante o Conselho de Relações Externas, Jerome Powell vai debater os desafios que a economia norte-americana enfrenta, sendo que o corte de juros depende da evolução económica.

 

Por outro lado, os investidores continuam atentos às tensões comerciais entre Washington e Pequim e à reunião prevista para o final da semana entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, à margem da cimeira do G20 que vai ter lugar no Japão.

 

Mesmo que não haja acordo imediato entre os EUA e a China, esta reunião poderá dar o tom para a próxima fase da disputa comercial, sublinha a CNN News.

 

Também a questão do Irão continua em foco. Depois de Trump ter anunciado ontem que seriam aplicadas novas sanções ao Irão, o que intensificou os receios de um confronto militar, hoje o chefe da Casa Branca ordenou a imposição de novas e "pesadas" sanções contra o líder supremo da República islâmica, o respetivo gabinete e "muitas outras" figuras relevantes do país.

 

 

Trump adiantou que as sanções a Teerão vão manter-se em vigor, e até serem intensificadas, até que o regime iraniano desista das suas "atividades [nucleares] perigosas".

 

As cotadas do setor da saúde lideraram o movimento negativo, com a Bristol-Myers Squibb a perder 7,42% para 45,68 dólares depois de ter dito que vai abrir mão de um medicamento importante para obter a aprovação das autoridades reguladoras na sua fusão com a biotecnológica Celgene Corp.

 

A Bristol-Myers Squibb disse que venderá o Otezla, comercializado pela Celgene, um medicamento para tratar a psoríase, numa tentativa de conseguir que a Comissão Federal do Comércio aceite mais rapidamente esta fusão – avaliada em 74 mil milhões de dólares.

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