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Wall Street encerra dividida. Dados da inflação desanimam investidores
Os principais índices norte-americanos fecharam a sessão em terreno misto. Dados da inflação, que aumentou mais do que o previsto em janeiro, pesaram no sentimento dos investidores. Entre as empresas, a Intel destacou-se, ao subir mais de 7%.
Wall Street fechou a sessão desta quarta-feira em terreno misto. Os dados da inflação, conhecidos esta quarta-feira, ficaram acima da expectativa dos analistas e pesaram no sentimento dos investidores. A possibilidade de um corte de juros por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana num futuro próximo parece estar, para já, posta de parte.
O S&P 500 cedeu 0,27% para os 6.051,97 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,03% para 19.649,95 pontos. Já o Dow Jones perdeu 0,50% para 44.368,56 pontos.
O índice de preços no consumidor nos EUA registou o maior aumento em cadeia em quase um ano e meio em janeiro (0,5%), com os americanos a enfrentarem custos mais elevados para uma série de bens e serviços.
Os dados reforçaram a mensagem da Fed, transmitida por Jerome Powell, presidente do banco central, durante a última terça-feira, de que não tem pressa em retomar a redução das taxas diretoras. Isto enquanto aumenta a incerteza em torno da saúde da maior economia mundial, com o efeito das tarifas de Trump ainda por ser conhecido.
Investidores veem agora cerca de 70% de hipóteses de a Fed reduzir as taxas em mais 25 pontos-base até ao final de 2025, de acordo com o Fedwatch da CME, citado pela Reuters.
"O mercado está a digerir o facto de a Fed poder não reduzir [as taxas] de todo. É por isso que o mercado de ações está em baixa", disse à Reuters Jake Dollarhide, CEO da Longbow Asset Management.
O Índice de Volatilidade Cboe, conhecido como o "índice de medo" de Wall Street, saltou para o ponto mais alto em uma semana, para os 15,9 pontos.
A leitura da inflação em janeiro é a última antes de ser conhecido o impacto direto das tarifas de Trump na economia norte-americana, que entraram em vigor este mês.
Entre os movimentos de mercado, a Intel ganhou mais de 7% depois de a instituição financeira Baird ter suscitado novas discussões sobre uma potencial associação estratégica da tecnológica norte-americana com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company.
Entre as "big tech", a Nvidia caiu 1,25%, a Apple ganhou 1,83%, a Microsoft caiu 0,58%, a Alphabet desvalorizou 0,88%, a Amazon perdeu 1,65% e a Meta subiu 0,78%.