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Wall Street cede terreno com maior convicção de nova subida dos juros pela Fed

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, já que uma série de dados económicos levou os investidores a acreditar que a Fed subirá mesmo os juros na reunião de maio.

As tecnológicas europeias e norte-americanas têm funcionado como porto seguro em tempos de incerteza. A expectativa de alívio nas subidas dos juros tem impulsionado o setor.
Brendan McDermid/Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 14 de Abril de 2023 às 21:09

Os principais índices do outro lado do Atlântico cederam terreno, com uma série de dados económicos a poderem justificar mais uma subida dos juros diretores por parte da Fed na próxima reunião, que decorre em maio. Esta maior convicção dos intervenientes de mercado acabou por arrefecer o ímpeto da negociação bolsista do outro lado do Atlântico decorrente do bom desempenho da banca.

 

O índice industrial Dow Jones recuou 0,42% para 33.886,47 pontos, ao passo que o S&P 500 desceu 0,21% para 4.137,64 pontos.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite fechou a perder 0,35% para 12.123,47 pontos.

 

O setor da banca registou um impulso, animado pelos resultados acima do esperado do JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo – à conta da subida dos juros e do atenuar dos receios de stress no sistema financeiro.

 

"Tal como esperado, os maiores bancos não devem ter saído prejudicados da turbulência da banca regional, e se calhar até ganharam com isso", comentou Ross Mayfield, analista de estratégia de investimento da Baird, em declarações à Reuters. "Deparámo-nos com balanços robustos e saudáveis, tornando-se bastante claro que a crise dos bancos regionais não é sistémica", acrescentou.

 

O JPMorgan Chase disparou 7,55%, naquele que foi o maior ganho percentual diário desde 9 de novembro de 2020. Já o Citigroup somou 4,78%, ao passo que Wells Fargo ficou praticamente inalterado. A gestora de ativos BlackRock, que também superou as previsões, avançou 3,07%.

 

Uma série de dados económicos com tendência mista, incluindo vendas a retalho, produção industrial e sentimento do consumidor, levou a que os investidores acreditem mais veementemente numa nova subida de 25 pontos base da taxa diretora da Fed em maio.

 

Essas expectativas foram sustentadas pelo presidente da Fed de Atlanda, Raphael Bostic, que afirmou que um aumento adicional da taxa dos fundos federais, em mais 25 pontos base, permitirá que a Reserva Federal encerre o seu ciclo de endurecimento da política monetária. Já o presidente da Fed de Chicago, Austan Goolsbee, apelou a que o banco central seja mais prudente.

 

Por seu lado, Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores da Fed, defendeu a necessidade de uma política monetária mais agressiva para combater a inflação – o que levou a que já haja investidores a apontar também para um aumento dos juros em junho, além da subida que prevêem para maio.

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