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Wall Street cai mais de 1,5% com ameaças de Trump e contas das tecnológicas. Amazon afunda 6%
As bolsas dos Estados Unidos abriram com sinal vermelho, depois de Trump ter ameaçado novas tarifas sobre a China e de as contas das tecnológicas não terem agradado ao mercado.
As bolsas dos Estados Unidos estão em queda esta sexta-feira, 1 de maio, pela segunda sessão consecutiva, depois de o presidente Donald Trump ter ameaçado impor novas tarifas sobre a China por causa da pandemia da covid-19 que, a seu ver, é responsabilidade de Pequim.
A penalizar os índices norte-americanos está ainda a mensagem de cautela transmitida ontem pelas gigantes tecnológicas Apple e Amazon sobre a forma como a pandemia do novo coronavírus vai afetar os seus negócios.
Nesta altura, o índice industrial Dow Jones desliza 1,31% para 24.017,36 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perde 1,77% para 8.729,44 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 1,81% para 2.860,17 pontos.
Esta evolução acontece depois de, na quinta-feira, Trump ter ter ameaçado reatar a guerra de tarifas com a China, numa altura em que a economia mundial está praticamente paralisada.
Em resposta a uma pergunta sobre se planeava cancelar parte das suas obrigações de dívida com o Governo chinês, o presidente norte-americano expressou: "Podemos fazer isso com tarifas ou de outras formas".
Donald Trump afirmou que a China podia ter contido a covid-19, mas deixou que a doença se propagasse, assegurando ter visto provas de que o vírus foi criado num laboratório de Wuhan, cidade do centro da China onde o novo coronavírus foi detetado no final de dezembro.
"Eles [a China] são uma nação brilhante, cientificamente e em outras coisas. Podiam tê-lo guardado ou parado [o surto do novo coronavírus], mas não o fizeram", frisou Trump, em conferência de imprensa.
A Apple perde 0,94% para 291,042 dólares, depois de ter revelado ontem que fechou o seu segundo trimestre fiscal com lucros de 11,24 mil milhões de dólares, ou 2,55 dólares por ação, acima da média de 2,26 dólares prevista pelo consenso do mercado.
Já a Amazon afunda 6,01% para 2.325,29 dólares, depois de ter revelado que registou lucros de 2.535 milhões de dólares (2.314 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal, menos 29% que em igual período do ano anterior.