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Wall Street cai mais de 1% com investidores desiludidos com a Fed

A Fed cortou juros, mas pouco. E avisou que não foi necessariamente o início de um prolongado ciclo de redução da taxa diretora. Foi o suficiente para desiludir os investidores, com as bolsas do outro lado do Atlântico a inverterem de imediato para a baixa. O Dow quebrou a fasquia dos 27.000 pontos e o S&P 500 não aguentou o patamar dos 3.000 pontos.

Reuters
31 de Julho de 2019 às 21:06
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O Dow Jones terminou a perder 1,23% para 26.864,54 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 1,09% para 2.980,38 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,19%, para 8.175,42 pontos.

 

A Reserva Federal cortou a taxa dos fundos federais em 25 pontos base, o que não acontecia desde dezembro de 2008. Ou seja, há mais de uma década. No entanto, o presidente do banco central, Jerome Powell, declarou que esta descida não sinaliza necessariamente o início de um longo ciclo de queda dos juros.

 

Esta posição prudente da Fed dececionou os investidores, que fizeram refletir de imediato nas bolsas a sua desilusão. Os principais índices de Wall Street, que estavam a negociar em alta antes de ser anunciada a decisão (às 19:00 de Lisboa) – existindo ainda a expectativa de que o corte até poderia ser superior, na ordem dos 50 pontos base –, inverteram instantaneamente para terreno negativo.

Trump não ficou satisfeito 

Quem também ficou desiludido foi o presidente norte-americano, que já reagiu com desagrado na sua rede social de eleição.


Donald Trump escreveu na sua conta do Twitter que "Como já é habitual, Powell desiludiu-nos". Isto porque considerou que o corte de 25 pontos base foi insuficiente.

"Pelo menos está a acabar com a redução dos estímulos monetários, algo que nem sequer deveria ter começado", acrescentou o chefe da Casa Branca.

E não foi apenas a dimensão do corte da taxa dos fundos federais que desagradou a Trump. O presidente disse que "aquilo que o mercado queria ouvir de 'Jay' Powell e da Reserva Federal é que isto seria o início de um prolongado e agressivo ciclo de descida dos juros".

Apple sustenta e GE pressiona

A travar maiores perdas na negociação esteve a Apple, que fechou a ganhar 2,04% para 213,04 dólares, depois de ontem já depois do fecho das bolsas norte-americanas ter reportado as suas contas do terceiro trimestre fiscal e as estimativas para o trimestre em curso. Os números da tecnológica liderada por Tim Cook agradaram nas duas frentes.

 

Apesar da queda dos lucros da empresa da maçã, o valor ficou acima do esperado. Já as receitas subiram, e ficaram também acima das expectativas, além de que o "guidance" foi igualmente superior às projeções do consenso de mercado.

Do lado das descidas, destaque para a General Electric, cuja unidade de negócio da eletricidade continua a deteriorar os lucros da empresa. Ainda assim, a GE manteve as suas estimativas para 2019 em matéria de fundos de tesouraria. Mas enfrenta uma nova ameaça, decorrente da crise dos 737 Max da Boeing.

 

A Boeing anunciou na semana passada que está a preparar-se para suspender a produção dos modelos 737 Max se não obtiver permissão para que os seus aviões em terra possam voltar a voar ainda este ano. Isso seria um sério revés para a General Electric, que fabrica os motores para estas aeronaves, sublinha a CNN.

A GE chegou a estar a negociar em alta, mas acabou por perder o fôlego e encerrou a sessão desta quarta-feira a recuar 0,67% para 10,45 dólares.

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