Notícia
Jerome Powell avisa: Este corte não é o início de um longo ciclo de descidas
O presidente da Reserva Federal dos EUA afastou hoje o início de um ciclo de descidas de juros, adiantando, porém, que as próximas decisões terão em conta as implicações para o crescimento económico.
A Reserva Federal dos EUA anunciou esta quarta-feira o primeiro corte de juros desde a crise financeira e deixou em aberto a possibilidade de novos cortes, caso haja ameaças à economia. Ainda assim, Jerome Powell garantiu que estes ajustamentos na sua política monetária não significam o início de um ciclo de descidas de juros.
O presidente da Fed dos EUA justificou a decisão de cortar a taxa diretora do banco central com a necessidade de sustentar o crescimento e a inflação nos EUA. Mas, para Jerome Powell, esta descida – e outras que possam vir a ser anunciadas no futuro – "não é o início de um longo ciclo de corte de juros", defendeu o responsável na conferencia de imprensa com os jornalistas.
Quanto à possibilidade de anunciar novos cortes, Jerome Powell argumentou que isso "vai depender dos indicadores económicos e dos riscos" e o que os membros do comité da Fed entenderam agora é que "é apropriado fazer um ajustamento na política para um posicionamento mais acomodatício", face aos riscos que permanecem no mercado e que estão a afetar a confiança dos empresários norte-americanos.
"As negociações comerciais estão a ter impacto na economia norte-americana" e a ação da Fed tem como objetivo manter o um "outlook" económico favorável nos EUA e suportar a inflação. De acordo com Powell, o objetivo desta mudança estratégica na política da Fed é "compensar as incertezas que pendem na economia".
"Em relação à política comercial apenas vamos estar a observar e perceber quais as implicações para a economia americana", acrescentou o responsável, que destacou também bons indicadores na economia, nomeadamente a evolução do emprego e da economia, no segundo trimestre.
Mais um corte depois do verão
Além do corte desta reunião, a maioria dos analistas antecipa uma segunda redução depois do verão. "Os nossos economistas esperam que a economia dos EUA permaneça numa tendência saudável, o que deverá limitar a ação da Fed a dois cortes de 25 pontos base este ano (um agora e outro em setembro)", defende o Goldman Sachs.
Juan Ramón Casanovas, responsável pela gestão de carteiras privadas no Bank Degroof Petercam Espanha, também antecipa dois cortes, realçando que "a desaceleração económica provocada essencialmente pela guerra comercial com a China foi o catalisador para esta mudança na política monetária nos EUA".
Ainda que o consenso apontasse para um corte de 25 pontos base, há entidades que esperavam mexidas mais expressivas. "Diante da desaceleração do crescimento económico global, das contínuas tensões comerciais e da perspetiva de um ‘hard Brexit’, o FOMC parece preparado para anunciar uma redução nos juros na sua próxima reunião. Esperamos um corte de 50 pontos base que vai dar início a um novo ciclo de corte nos juros, e achamos que os mercados vão reagir favoravelmente", antecipa Franck Dixmier, responsável global pela dívida da Allianz Global Investors.
O presidente da Fed dos EUA justificou a decisão de cortar a taxa diretora do banco central com a necessidade de sustentar o crescimento e a inflação nos EUA. Mas, para Jerome Powell, esta descida – e outras que possam vir a ser anunciadas no futuro – "não é o início de um longo ciclo de corte de juros", defendeu o responsável na conferencia de imprensa com os jornalistas.
"As negociações comerciais estão a ter impacto na economia norte-americana" e a ação da Fed tem como objetivo manter o um "outlook" económico favorável nos EUA e suportar a inflação. De acordo com Powell, o objetivo desta mudança estratégica na política da Fed é "compensar as incertezas que pendem na economia".
"Em relação à política comercial apenas vamos estar a observar e perceber quais as implicações para a economia americana", acrescentou o responsável, que destacou também bons indicadores na economia, nomeadamente a evolução do emprego e da economia, no segundo trimestre.
Mais um corte depois do verão
Além do corte desta reunião, a maioria dos analistas antecipa uma segunda redução depois do verão. "Os nossos economistas esperam que a economia dos EUA permaneça numa tendência saudável, o que deverá limitar a ação da Fed a dois cortes de 25 pontos base este ano (um agora e outro em setembro)", defende o Goldman Sachs.
Juan Ramón Casanovas, responsável pela gestão de carteiras privadas no Bank Degroof Petercam Espanha, também antecipa dois cortes, realçando que "a desaceleração económica provocada essencialmente pela guerra comercial com a China foi o catalisador para esta mudança na política monetária nos EUA".
Ainda que o consenso apontasse para um corte de 25 pontos base, há entidades que esperavam mexidas mais expressivas. "Diante da desaceleração do crescimento económico global, das contínuas tensões comerciais e da perspetiva de um ‘hard Brexit’, o FOMC parece preparado para anunciar uma redução nos juros na sua próxima reunião. Esperamos um corte de 50 pontos base que vai dar início a um novo ciclo de corte nos juros, e achamos que os mercados vão reagir favoravelmente", antecipa Franck Dixmier, responsável global pela dívida da Allianz Global Investors.