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Wall Street aplaude saída de Bannon e trava perdas

As bolsas norte-americanas recuperaram, no final da sessão, do auge das quedas do dia, depois de a Casa Branca anunciar a saída do seu principal estratega, Steve Bannon.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
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Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico abriram em baixa e continuaram a negociar no vermelho ao longo da jornada, numa altura em que os receios decorrentes dos ataques terroristas em Espanha levaram os investidores a procurarem activos considerados mais seguros. No entanto, o anúncio de que o presidente Donald Trump dispensou o seu principal estratega, Steve Bannon, levou as bolsas norte-americanas a travar as perdas na recta final da sessão.

 

O Dow Jones encerrou a ceder 0,35% para 21.674,51 pontos e o Standard & Poor’s 500 desvalorizou 0,18%para 2.425,54 pontos.

 

Também o índice tecnológico Nasdaq Composite conseguiu recuperar das piores perdas da sessão, fechando a resvalar 0,09% para se estabelecer nos 6.216,52 pontos.

 

Os ataques terroristas na Catalunha deixaram os investidores receosos, levando-os a procurarem segurança nos chamados activos-refúgio, como o ouro, franco suíço e iene.

 

Estes atentados em Espanha vieram exacerbar o sentimento de incerteza que se tinha gerado com as tensões entre os EUA e a Coreia do Norte e com a controvérsia em torno dos confrontos do passado sábado em Charlottesville, que resultaram num morto e mais de três dezenas de feridos – já que a reacção de Trump tem sido considerada muito branda.

 

E o saldo foi bastante negativo: os investidores retiram dos fundos de acções 1,3 mil milhões de dólares entre quarta-feira da semana passada e quarta-feira desta semana (16 de Agosto).

 

Entre os sectores mais penalizados na bolsa após os atentados em Espanha estiveram os títulos ligados às companhias aéreas e às cadeias hoteleiras.

 

Mas ao final do dia chegou uma notícia, pela mão de Trump, que acabou por agradar ao mercado: o seu controverso estratega-chefe, Steve Bannon, foi dispensado.

 

A CNN, citando duas fontes da Casa Branca, referiu que Donald Trump terá ficado furioso com uma entrevista de Bannon à American Prospect, na qual contradizia a posição do presidente em relação à Coreia do Norte.

 

Steve Bannon, antigo editor do Breitbart, um site noticioso conotado com a direita nacionalista, estava na equipa do presidente há sete meses, desde a sua tomada de posse, tendo integrado a sua campanha numa fase já tardia, durante o ano passado. Deverá agora regressar ao Breitbart News.

 

Bannon já tinha sido afastado do Conselho de Segurança Nacional em Abril, depois de em Fevereiro também Michael Flynn - igualmente conselheiro de segurança - ter saído devido aos seus contactos não declarados com responsáveis russos.

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