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Wall Street anima-se com regresso de Trump à Casa Branca
Os principais índices norte-americanos acabaram por fechar o dia no verde, depois de Trump ter mostrado alguma contenção na aplicação de tarifas comerciais. As ações ligadas à IA deram ímpeto.
Depois de ter estado encerrada esta segunda-feira, Wall Street reagiu hoje pela primeira vez ao discurso de tomada de posse de Trump e às ordens executivas já assinadas pelo presidente que agora inicia funções.
Os principais índices norte-americanos acabaram por fechar o dia no verde, depois de Trump ter mostrado alguma contenção na aplicação de tarifas comerciais. Parece crescer agora, entre os investidores, a ideia de que as suas políticas irão impulsionar ainda mais a "América corporativa".
O S&P 500 ganhou 0,88% para 6.049,24 pontos. Já o Nasdaq Composite valorizou 0,64% para 19.756,78 pontos e o Dow Jones ganhou 1,24% para 44.025,81 pontos.
As ações ligadas à inteligência artificial (IA) deram ímpeto aos principais índices, já que, de acordo com a CBS News e a Bloomberg, é esperado que Trump anuncie novos investimentos para esta área no valor de até 500 mil milhões de dólares.
Um fundo negociado em bolsa que rastreia empresas com exposição à IA chegou a atingir esta terça-feira um máximo de três anos. Já as "small caps" - empresas com capitalização bolsista mais baixa valorizaram com apostas de que irão beneficiar de uma postura protecionista, rumo que deverá ser seguido pela nova administração da maior economia mundial.
Face ao aumento de tarifas esperado, para já, Donald Trump apenas delineou as taxas que pretende aplicar às importações provenientes do México e do Canadá, o que impactou fortemente a moeda destes dois países. De fora ficam as tarifas a aplicar à China, Europa e outros parceiros comerciais dos Estados Unidos, por enquanto.
Callie Cox, da Ritholtz Wealth Management, explicou à Bloomberg que é altura de ver quais as especulações que têm "fundamento" e quais as que são "apenas disparates" no que diz respeito às tarifas.
"Na semana passada, os mercados acionistas registaram uma recuperação generalizada, apoiada por dados mais frios sobre a inflação, ganhos otimistas dos bancos" e não só, disse à Bloomberg Craig Johnson, da Piper Sandler.
É esperada agora uma nova subida dos principais índices, apoiada pelo regresso das políticas "favoráveis às empresas e aos investidores" de Trump, refere o mesmo especialista.
O "cartão de pontuação presidencial" do desempenho do mercado bolsista foi reiniciado esta terça-feira, com Trump de regresso à Casa Branca pela primeira vez em quatro anos. Durante toda a presidência de Joe Biden, o Dow Jones subiu 39,4% - cerca de menos 18 pontos percentuais do que nos quatro anos da primeira administração de Trump -, de acordo com dados compilados pelo Bespoke Investment Group.
Entre as "big tech", a Nvidia subiu 2,27%, a Alphabet somou 1,05%, a Amazon ganhou 2,11% e a Meta valorizou 0,60%. Já a Microsoft perdeu 0,12%, e a Apple tombou 3,19% depois de a Jefferies ter baixado a classificação da gigante tecnológica de "hold" para "underperform" na segunda-feira.