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Volkswagen dá guinada na bolsa e sobe quase 4%

As acções da Volkswagen já estiveram a cair quase 10% esta quarta-feira, mas já inverteram da tendência e seguem a subir quase 4%, a aliviar das perdas acentuadas registadas nos dois dias anteriores.

Bloomberg
23 de Setembro de 2015 às 11:03
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A Volkswagen sobe 3,96% para 110,20 euros, tendo chegado esta manhã a tocar nos 95,51 euros, o que corresponde ao valor mais baixo desde Outubro de 2011. As acções da fabricante de automóveis alemã voltam assim aos ganhos depois de dois dias negros.

 

A Volkswagen perdeu 34,7% nas duas primeiras sessões da semana, o que significa que, em valor de mercado a cotada desvalorizou 24,5 mil milhões em dois dias.,

 

A queda abrupta das acções da fabricante alemã surgiu depois de, durante o fim-de-semana, ter admitido ter instalado um "dispositivo manipulador" de emissões de gases em meio milhão dos seus veículos a diesel (a gasóleo) produzidos desde 2009. O caso foi descoberto nos EUA, mas esta questão pode ter-se espalhado por mais países e os números foram, entretanto, actualizados pela própria empresa.

 
Este escândalo afectou o sector automóvel um pouco por todo o mundo. As acções das principais fabricantes de automóveis europeias ainda iniciaram a sessão em queda, tendo também já invertido na maior parte dos casos, isto devido aos receios de que o problema identificado na Volkswagen possa ser encontrado noutras marcas.

 

Volkswagen já anunciou que vai chamar às oficinas americanas quase meio milhão de veículos nos EUA produzidos entre 2009 e 2015. As contas da EPA (Agência de Protecção Ambiental) – que ordenou o "recall" no mercado americano – apontam para uma coima de 37.500 dólares para cada veículo. A fabricante arrisca-se assim a pagar 18 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) no total.

 

A Volkswagen emitiu, ainda na terça-feira, um comunicado onde admite que o número de veículos afectados com este problema pode ascender a 11 milhões em todo o mundo.

 

Volkswagen arrisca ainda a enfrentar um processo criminal nos EUA devido às infracções cometidas nos testes de poluição, de acordo com dois responsáveis familiarizados com o processo, citados pela Bloomberg. 

 

O presidente executivo da fabricante, Martin Winterkorn, já pediu desculpas, mas recusa-se a abandonar o cargo de liderança da Volkswagen. Esta quarta-feira há reunião de comité executivo e na sexta-feira, 25 de Setembro, é a vez do conselho de administração se reunir.

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