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Venda do Novo Banco adiada: e as acções do BES?

A venda do banco "bom" poderia acelerar o levantamento da suspensão dos títulos do BES, mas não chega. A CMVM quer uma avaliação da instituição "má", que está a cargo do Banco de Portugal.

Pedro Elias/Negócios
01 de Setembro de 2015 às 16:20
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As negociações com a Anbang para a compra do Novo Banco falharam. O Banco de Portugal vai, agora, avançar para negociações com o segundo classificado no processo de entrega de propostas de compra. A conclusão da venda do banco que resultou da resolução do BES fica, assim, adiada. Esta seria uma informação importante para uma decisão sobre a suspensão das acções do banco, mas não era determinante para libertar os títulos do banco "mau".


O levantamento da suspensão da negociação das acções e títulos de dívida do BES continua à espera da divulgação de informação financeira pela instituição liderada por Luís Máximo dos Santos que, enquanto entidade cotada, está obrigada aos deveres de informação que são comuns às restantes empresas em bolsa.

Em Agosto foi conhecido o balanço inicial do "banco mau" que revelou um "buraco" de 2,4 mil milhões de euros. Uma informação que não foi suficiente para levantar a suspensão dos títulos, pois há "necessidade de salvaguarda do nível de informação necessário à clarificação da situação jurídica e financeira do BES que permita uma avaliação fundamentada das consequências para os accionistas e credores da instituição", relevou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na altura. 

Para tomar uma decisão, o regulador do mercado de capitais liderado por Carlos Tavares (na foto) aguarda ainda a avaliação independente do banco na data anterior ao anúncio da medida de resolução, para efeitos de cálculo dos direitos dos credores do banco, o que permitirá perceber o valor das acções e títulos de dívida, sabe o Negócios.

A avaliação está a cargo do Banco de Portugal e ainda não está concluída. "A avaliação não tem prazo definido [para ser divulgada], será conduzida pela Deloitte e prevê-se que esteja concluída até o final do ano", explicou recentemente fonte oficial do Banco de Portugal ao Negócios.

Só depois de conhecida esta informação é que o regulador deverá decidir se levanta a suspensão das acções e obrigações subordinadas ou opta pela sua exclusão definitiva, se considerar que não existem condições para que voltem a negociar em bolsa.




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