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CMVM quer ver avaliação independente ao BES

As acções e obrigações do BES vão continuar suspensas por mais dez dias úteis. O Negócios sabe que o regulador do mercado de capitais quer uma análise que o Banco de Portugal disse que só estará preparada no final do ano.

Bruno Simão/Negócios
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Quanto é que valia o Banco Espírito Santo antes da medida de resolução? É esta resposta que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários quer ter em cima da mesa, mas de que ainda não dispõe. E esse é um dos motivos, sabe o Negócios, para que o regulador não permita a negociação das acções e obrigações do banco.

O conselho directivo da CMVM, liderado por Carlos Tavares, determinou mais dez dias úteis de suspensão das acções e dos títulos de dívida que estão associados ao BES, actual banco "mau", mesmo apesar de já ter sido revelado o seu balanço.

No comunicado em que anunciou a decisão, a CMVM diz que há "necessidade de salvaguarda do nível de informação necessário à clarificação da situação jurídica e financeira do BES que permita uma avaliação fundamentada das consequências para os accionistas e credores da instituição".

O Negócios sabe que o regulador espera a avaliação independente à situação do banco na data imediatamente anterior à resolução. Um exercício, previsto na lei, que visa garantir que os credores de dívida subordinada e os accionistas não percam mais dinheiro com a resolução do que perderiam numa liquidação. 

Essa avaliação é uma obrigação que o Banco de Portugal tem de atribuir. "A avaliação não tem prazo definido [para ser divulgada], será conduzida pela Deloitte e prevê-se que esteja concluída até o final do ano", disse no início de Agosto o regulador do sector financeiro ao Negócios.

Além disso, também há aspectos do balanço do BES, que revela um buraco de 2,4 mil milhões de euros, que carecem de explicações ao regulador. 

Suspensas de bolsa, as acções do veículo que herdou os activos e passivos considerados problemáticos do BES estão a ser negociadas, fora do mercado regulamentado, por três cêntimos, como noticiou o Negócios um ano depois da aplicação da medida de resolução. 

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