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Trump mais brando com China dá subida a Wall Street
Wall Street está a valorizar neste início de sessão em Nova Iorque. Os investidores estão receosos com a política proteccionista de Donald Trump, mas o grau de preocupação diminuiu.
Wall Street abriu esta quarta-feira em terreno positivo. Os índices estavam a ser afectados pela preocupação de que um agravamento da relação entre os EUA e a China prejudique o desenvolvimento económico, nomeadamente os lucros das empresas. Mas essa preocupação diminuiu com a notícia de que Donald Trump será mais brando do que o esperado com os investimentos chineses em tecnologia norte-americana.
O Dow Jones sobe 0,17% para os 24.325,11 pontos. Um dos destaques da sessão desta terça-feira foi a General Motors que avançou 8% no dia em que abandonou a elite das cotadas que estão presentes no Dow Jones. Esta quarta-feira, fora do Dow, a General Motors iniciou a sessão com uma descida de 0,36% para os 40,9 dólares.
Esta quarta-feira a Bloomberg noticiou que o reforço do controlo sobre o investimento chinês nos EUA deverá avançar, mas Trump sinalizou uma abordagem menos agressiva. Esta atenuação do discurso surge depois de vários jornais internacionais terem avançado que o Departamento norte-americano do Tesouro estava a definir restrições que iriam impedir que as empresas que tenham pelo menos 25% de capital accionista chinês possam comprar companhias norte-americanas. A decisão deverá ser anunciada esta sexta-feira.
Uma das empresas potencialmente afectadas é a Alibaba, empresa tecnológica chinesa que está cotada em Wall Street. As acções da Alibaba estão a cair 0,45% para os 190,56 dólares. São exactamente as empresas tecnológicas norte-americanas que estão a puxar pelas bolsas dos EUA nesta sessão: tanto a Alphabet (Google) como a Apple somam ganhos de 0,5% e 0,8%, respectivamente.
Acresce que o Canadá anunciou que está a preparar medidas para proteger os seus produtores de aço e alumínio. A ideia é implementar um sistema de quotas e tarifas que impeça países como a China, a Coreia do Sul, o Brasil ou a Turquia de desviar o aço que ia para os EUA para o Canadá, pressionando os preços e prejudicando os produtores locais. Ou seja, além de serem atingidas pelas tarifas, estas empresas teriam também uma concorrência mais forte.
Por outro lado, continua na mente dos investidores a ameaça dos EUA de impor sanções aos países que não suspendam a importação de petróleo iraniano até 4 de Novembro. Depois de subir 2% na sessão de ontem, o "ouro negro" dá continuidade à valorização.
(Notícia actualizada às 14h46)