Notícia
Tensões comerciais ao rubro atiram Wall Street para o vermelho
As principais bolsas norte-americanas regressaram às perdas com o intensificar dos receios de uma guerra comercial a nível mundial. Isto num dia em que também a Europa contagiou por força da inquietação perante os cenários políticos em Espanha e em Itália.
O Dow Jones encerrou a ceder 1,02% para 24.415,84 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,69% para 2.705,27 pontos.
Por seu lado, o Nasdaq Composite desvalorizou 0,27%, a valer 7.442,11 pontos.
A negociação bolsista do outro lado do Atlântico continua a ser penalizada pelos receios de instabilidade política na Europa – com o cenário em Itália a caminhar para uma resolução pela via de um "governo político" mas o panorama em Espanha a apontar para a queda do governo amanhã com a votação da moção de censura.
Mas a preocupação de que estejamos perante uma guerra comercial iminente também está ao rubro, com o presidente norte-americano, Donald Trump, a lançar diariamente mais achas para a fogueira.
Os EUA anunciaram hoje a imposição de taxas aduaneiras sobre as importações de aço e alumínio oriundas da União Europeia, Canadá e México. Os visados já prometeram retaliar.
Isto depois de na terça-feira a Casa Branca ter dito que será publicada até 15 de Junho a lista final dos produtos importados da China que serão alvo de uma nova tarifa aduaneira de 25%, a entrar em vigor "pouco depois" dessa data. O objectivo desta tarifa é o de alcançar um valor de 50 mil milhões de dólares por forma a equilibrar a relação comercial entre as duas maiores economias mundiais. Mas também Pequim tem uma lista para retaliar.
Já na semana passada Trump tinha criado instabilidade, depois de um responsável da Casa Branca ter declarado à Reuters que o presidente está a ponderar impor novas tarifas sobre os carros importados por questões de "segurança nacional" – a mesma justificação dada quando se tratou do aço e do alumínio.