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Tecnologias e energia dão fôlego a Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico recuperaram das quedas de segunda-feira, com a energia a ajudar, em dia de valorização das cotações do petróleo. As tecnológicas, que ontem pressionaram a tendência, estiveram hoje a impulsionar o movimento de subida.
O Dow Jones fechou a somar 0,79% para 26.267,43 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,54% para 2.904,32 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composites terminou em alta, a ganhar 0,76% para 7.956,11 pontos.
Apesar de o presidente norte-americano ter ontem anunciado a imposição de tarifas adicionais de 10% sobre a importação de bens chineses, agora sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares, as bolsas mundiais estiveram hoje a recuperar – depois de ontem terem caído já a descontar esse anúncio de Donald Trump.
O S&P 500 registou mesmo a sua maior subida intradiária das últimas três semanas.
"O mercado está a olhar para esta situação como um tipo de desagravamento das tensões", comentou à Bloomberg um estratega do Wells Fargo Asset Management, Brian Jacobsen. "As tarifas de 10% são inferiores aos 25% com que inicialmente os EUA ameaçaram a China. A China retaliou com tarifas sobre o equivalente a 60 mil milhões de dólares de produtos norte-americanos, quando os EUA impuseram tarifas sobre bens chineses equivalento a 200 mil milhões de dólares. Isto poderá ser o início de uma diminuição gradual das tensões comerciais", acrescentou.
Os títulos ligados às tecnologias – que serão grandemente penalizados por uma guerra comercial –, que ontem contribuíram para o mau desempenho em Wall Street, estiveram hoje entre os melhores desempenhos.
A melhoria das tecnológicas deu-se com um alívio dos receios em torno dos produtos que sofrerão um agravamento nas tarifas alfandegárias (já que, por exemplo, os smart watches das americanas Apple e Fitbit – com o grosso dos fornecedores dos acessórios dos seus relógios sediado na China – não estão incluídos na lista de produtos penalizados).
Também as acções do sector energético ajudaram ao bom momento das bolsas norte-americanas na sessão desta terça-feira, num dia em que os preços do petróleo subiram – com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, a aproximar-se de novo dos 80 dólares por barril.