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S&P500 cai mais de 10% desde o máximo e já está em correcção

As bolsas norte-americanas voltam a registar uma sessão de perdas acentuadas, devido aos maus resultados anunciados pela Amazon e pela Alphabet.

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O índice S&P500 está a cair mais de 2% na última sessão desta semana, elevando a perda acumulada desde o máximo histórico para mais de 10%. A amplitude desta queda, sofrida no espaço de pouco mais de um mês, deixa este índice que agrupa as 500 maiores cotadas de Wall Street em correcção.

 

O S&P500 desce 2,17% para 2.646,84 pontos, já distante do máximo histórico fixado a 21 de Setembro nos 2.940,91 pontos. Ainda assim, este índice continua com saldo positivo desde o início do ano (+1,19%).   

 

Diz-se que um activo cotado (como índices ou acções) está em território de correcção quando desvaloriza mais de 10% face ao último máximo. Se a queda for de 20%, entra em "bear market", pelo que as quedas têm ainda se de acentuar para que acabe o bull market que reina há nove anos e é já o mais longo de sempre.

 

Os restantes índices norte-americanos também sofrem perdas acentuadas na sessão desta sexta-feira. O Dow Jones desce 1,91% e já anulou os ganhos do ano. O Nasdaq é o mais castigado, com uma queda de 3,36% para 7.072,6 pontos. O índice tecnológico sofreu na quarta-feira a queda diária mais forte desde 2011, mas ainda conserva um ganho de mais de 3% este ano.

 

Apesar do saldo positivo no ano, o Nasdaq está muito longe do máximo histórico fixado este ano (acima dos 8.300 pontos a 30 de Agosto) e regista já uma série de quatro semanas de quedas. O índice tecnológico também está em correcção e recua mais de 13% desde o máximo.

 

Amazon e Alphabet decepcionam

 

A sessão em Wall Street já tinha arrancada com vermelho carregado, com dois efeitos a condicionar a negociação: o PIB travou menos do que esperado, mas a época de resultados das tecnológicas está a desiludir.

Por um lado, a economia norte-americana desacelerou menos do que o esperado. O PIB cresceu 3,5% no terceiro trimestre, abaixo dos 4,2% do segundo trimestre, mas acima da maior parte das previsões. Este crescimento deve-se principalmente ao consumo privado e público (gastos do Estado, especialmente em defesa). 

Por outro lado, os resultados da Amazon e da Alphabet estão a pressionar o Nasdaq. A Amazon falhou as estimativas de vendas do terceiro trimestre e baixou as expectativas para a época de Natal, levando as acções a desvalorizar 9,5% para os 1.620,47 dólares. No caso da Alphabet a queda é de 4,8% para os 1.061,5 dólares, com as acções a serem penalizadas pelas receitas abaixo do esperado e pela crescente preocupação à volta da regulação.

 

"A aversão ao risco está bem viva esta sexta-feira, uma vez que os lucros no sector tecnológico foram mais fracos do que o esperado", refere o Craig Erlam, analista da Oanda, à Reuters. No entanto, ainda muita tinta correrá sobre a sessão de apresentação de resultados do terceiro trimestre, o que poderá inverter esta tendência. Para já, "os investidores ainda não tiveram o impulso que bem precisam", assinala.

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