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Sonae sobe 3,5% para máximos de 2015 e deixa PSI-20 no verde
A bolsa nacional fixou-se em terreno positivo, impulsionada pelo BCP e pela Sonae, que segue em máximos de dois anos e meio, depois de ter revelado uma subida das vendas.
Depois de ter oscilado entre ganhos e perdas muito ligeiras no início da sessão, a bolsa nacional fixou-se em terreno positivo, com o PSI-20 a valorizar 0,31% para 5.769,99 pontos. Das 18 empresas que formam o principal índice nacional, sete estão em queda, oito em alta e três inalteradas.
Na Europa, as principais praças bolsistas também seguem com sinal verde, à excepção de Atenas e Frankfurt. Isto numa altura em que o mercado aguarda pelas conclusões da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que decorre esta quinta-feira.
Apesar de não serem esperadas alterações aos juros, os investidores vão estar atentos às palavras de Mario Draghi, que deverá tentar tranquilizar o mercado em relação à retirada dos estímulos à economia.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,10% para 400,39 pontos.
Em Lisboa, o BCP e a Sonae são as empresas que mais impulsionam o índice nacional. O banco liderado por Nuno Amado soma 0,43% para 32,79 cêntimos, enquanto a Sonae valoriza 3,5% para 1,27 euros, o valor mais alto desde Agosto de 2015.
Esta evolução acontece depois de a empresa liderada por Paulo Azevedo ter anunciado ontem que fechou 2017 com vendas no retalho de 5,5 mil milhões de euros, um aumento de 6,9% face ao ano anterior.
Considerando apenas o quarto trimestre, as vendas aumentaram para 1.536 milhões de euros, 3% acima do esperado pelos analistas do BPI que, numa nota de análise divulgada esta quinta-feira sublinham a "forte" evolução das receitas.
Também o CaixaBI sublinha o "elevado" crescimento de vendas em 2017. "A unidade de Retalho Alimentar apresentou valores positivos de vendas like-for-like, o que evidencia o sucesso da sua estratégia comercial. Salienta-se, igualmente as contribuições positivas da Worten e da Sonae S&F", acrescenta a unidade de investimento da CGD.
A contribuir para a subida do PSI-20 estão também a Jerónimo Martins, que avança 0,69% para 17,50 euros, e a EDP, que valoriza 0,66% para 2,902 euros, depois de ter revelado que a sua produção de electricidade se manteve relativamente estável em 2017 face a 2016, com um acréscimo de 0,1%. Apesar da eléctrica contar com mais potência devido a novas centrais eólicas, a seca registada em Portugal afectou negativamente o resultado. Ainda na energia, a EDP Renováveis desce 0,14% para 7,05 euros e a Galp Energia valoriza 0,06% para 16,44 euros.
Do lado das subidas estão igualmente a Mota-Engil e os CTT. A construtora sobe 1,38% para 4,05 euros enquanto a empresa de correios soma 0,34% para 3,566 euros.