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Sonae recua 3% e pressiona o PSI-20

Depois da forte valorização registada na última sessão, a retalhista controlada por Paulo Azevedo está em queda, sendo uma das cotadas que pressiona o comportamento do principal índice lisboeta. As restantes praças europeias estão sobretudo em alta.

Bruno Simão/Negócios
16 de Março de 2018 às 10:51
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A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno negativo, contrariando o sentimento registado pelas principais congéneres europeias. O PSI-20 desce 0,34% para 5.422,44 pontos, com sete cotadas em queda, nove em alta e duas inalteradas.

Os principais índices bolsistas europeus estão sobretudo em alta, apesar de os investidores continuarem preocupados com as questões de geopolítica.

Os investidores temem que a decisão dos EUA de aplicar tarifas sobre as importações de aço e alumínio, e eventualmente sobre as importações chinesas nomeadamente sobre produtos tecnológicos, possa afectar a evolução da economia mundial e levar a uma guerra comercial. Apesar de ontem Peter Navarro, um dos principais conselheiros da administração norte-americana, ter suavizado o discurso e ter dito que estas taxas aduaneiras sobre produtos provenientes do estrangeiro não têm de gerar uma guerra comercial.

"Os nossos aliados têm de entender que estamos simplesmente a defender-nos contra aquilo que tem sido um relacionamento injusto de muitos, muitos anos", disse Peter Navarro, à CNBC. "Isto vai funcionar bem. O mundo vai ser um lugar melhor", acrescentou.

Em Lisboa, destaque para as acções da Sonae, que recuam 2,95% para 1,151 euros, depois de ontem terem disparado um máximo de 5,78%, alimentadas nomeadamente pelas indicações deixadas com a apresentação de resultados. A Sonae reportou os seus resultados referentes ao ano passado, com os lucros a recuarem 22,9% para 166 milhões de euros.

Contudo, excluindo as operações extraordinárias que tinham aumentado os resultados de 2016, os lucros da Sonae cresceram 6,5%. A empresa co-liderada por Paulo Azevedo também revelou um aumento do dividendo em 5% para 4,2 cêntimos por acção. E admitiu colocar o negócio do retalho em bolsa.

 

A concorrente Jerónimo Martins recua 0,79% para 15,05 euros.

 

A pressionar o comportamento da praça nacional estão ainda as acções do BCP, que recuam 1,26% para 28,22 cêntimos, e da Mota-Engil, que perdem 2,57% para 3,605 euros.

 

No sector da energia, não se verifica uma tendência definida. A EDP cede 0,26% para 3,047 euros, no dia em que é noticiado pelo jornal Público que a eléctrica liderada por António Mexia paga até 20 milhões ao grupo Lena e Odebrecht.

Já a EDP Renováveis ganha 0,59% para 7,61 euros e a REN ganha 0,24% para 2,482 euros, depois de ontem a empresa ter comunicado ao mercado que terminou o ano passado com um lucro de 125,9 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 25,7% face ao ano precedente.

 

A Galp Energia sobe 0,70% para 15,20 euros numa altura em que os preços do petróleo estão em alta nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, sobe 0,14% para 65,21 dólares por barril.

 

No sector da pasta e do papel, a Altri ganha 2,86% para 5,04 euros, a Semapa cresce 0,52% para 19,32 euros e a Navigator aprecia 0,17% para 4,592 euros.

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