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Sobe e desce em Wall Street com direito a fôlego nos minutos finais

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, depois de oscilarem durante toda a sessão entre subidas e descidas, se bem que não muito acentuadas. A volatilidade continua a reinar.

Reuters
23 de Janeiro de 2019 às 21:13
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O Dow Jones encerrou a somar 0,70% para 24.575,62 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,22% para 2.638,70 pontos.

 

Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,08% para 7.025,77 pontos.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico registaram uma grande volatilidade, ao negociarem entre ganhos e perdas durante toda a sessão.

 

A sustentar estiveram bons resultados de empresas como a IBM, Procter & Gamble e United Technologies.

 

No entanto, os receios em torno do crescimento dos EUA, sobretudo devido aos efeitos do "shutdown" parcial sobre a economia, acabaram por fazer pender os índices para o vermelho.

 

Os serviços públicos federais dos Estados Unidos estão parcialmente paralisados desde 22 de dezembro – ou seja, há 33 dias, naquele que é o mais longo "shutdown" de sempre no país. E o impacto, que se sente um pouco por todo o lado, está a afectar as contas do país.

 

Kevin Hasset, que preside ao Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca, disse em entrevista à CNN, esta quarta-feira, que se o "shutdown" parcial do governo prosseguir até final de Março, há grandes probabilidades de uma "expansão económica de zero" neste trimestre.

 

Questionado sobre se os EUA poderão registar um crescimento zero com a paralisação parcial dos serviços deferais, Hasset respondeu que sim no caso de o "shutdown" se prolongar por todo o trimestre.

 

"É verdade que se tivermos um primeiro trimestre tipicamente fraco, e se o ‘shutdown’ prosseguir, poderemos acabar por ver um crescimento muito baixo ou em torno de zero", disse o conselheiro económico de Trump. Mas, sublinhou, assim que as agências federais reabram, seguir-se-á um crescimento "imenso".

 

Na semana passada, Kevin Hasset projectava, citado pelo Washington Examiner, que o "shutdown" pudesse reduzir o crecimento económico do primeiro trimestre em 0,13 pontos percentuais por semana.

 

As declarações hoje feitas por Hasset na entrevista à CNN vão ao encontro das estimativas do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, que considera que uma paralisação ao longo de todo o primeiro trimestre do ano poderá fazer eclipsar todo o crescimento económico previsto para esse período – que se estima que ultrapasse os 2,5%.

 

Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou na semana passada que ainda é cedo para avaliar com precisão o impacto económico do "shutdown" nos Estados Unidos, mas Guerry Rice, porta-voz do Fundo, salientou que "quanto mais durar, mais significativo será o efeito".

 

Este clima de incerteza tem estado a pesar no sentimento dos investidores, juntando-se o facto de as tensões comerciais entre os EUA e a China parecerem estar de novo mais longe de uma resolução. Isto depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter recusado um encontro com a China ainda esta semana devido à falta de progresso nas negociações comerciais entre as duas partes.

 

"A paralisação do governo norte-americano, as incertezas em torno do Brexit e os alarmes que pendem sobre o crescimento da economia chinesa estão a contribuir para a volatilidade do mercado nesta época de apresentação de resultados", comentou à CNN o diretor do departamento da banca de investimento da Cuttone & Company, Keith Bliss.

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