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"Short-selling" nos CTT cai para mínimos de quatro anos. Ações sobem mais de 3%

As chamadas "shorts" na empresa portuguesa caíram para valores de março de 2017, depois de a BlackRock ter reduzido. As ações subiram mais de 3% durante a sessão de hoje.

CTT
22 de Março de 2021 às 15:25
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As posições curtas nos CTT - Correios de Portugal caíram para os 1,78%, o que representa um mínimo desde março de 2017, depois de o BlackRock, o único fundo de investimento a apostar na queda das ações da empresa nacional, ter anunciado uma redução.

Segundo a CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários), as posições curtas na empresa liderada por João Bento caíram de 1,89% para os 1,78% nesta segunda-feira. Esta percentagem já chegou a ser de 9,99% em 2018. 

Como reação, as ações da empresa estiveram a subir 3,10% a meio desta sessão para os 3,155 euros, voltando a renovar máximos de janeiro do ano passado.

Só este mês, a cotação dos CTT acumula uma valorização de cerca de 26%, num movimento que se adensou após a apresentação de resultados. Apesar da queda homóloga de 42,9% no lucro líquido referente a 2020 para os 16,7 milhões de euros, os analistas aplaudiram os números, uma vez que mostram recuperação na reta final do ano.

O CaixaBank BPI ficou agradado com os resultados do quarto trimestre, bem como com as expectativas da companhia para este ano. Para o analista Filipe Leite os resultados do quarto trimestre "confirmam a tendência de recuperação suportada pelo forte crescimento" da divisão de encomendas (E&P), que viu as receitas dispararem 45% no trimestre, com a margem EBITDA a subir 11 pontos percentuais.

O conselho de administração dos CTT vai propor a distribuição aos acionistas de um dividendo de 0,085 euros por ação, o que traduz um corte de 22,7% face à remuneração proposta no ano passado, de 0,11 euros, que acabou por ser cancelada pela empresa devido ao impacto da pandemia. No ano anterior, os CTT pagaram um dividendo de 0,10 euros por ação, enquanto em 2018 a distribuição dos lucros aos acionistas foi de 0,38 euros por ação. 

O "short-selling", também chamado de posição curta ou aposta contra um título, 
pode explicar-se da seguinte forma: quem quiser apostar na queda de uma cotada pede ações da mesma emprestadas aos bancos, pagando um juro sobre esta operação, para as venderem no imediato.

Depois, como a expectativa de uma queda é tão grande, esperam que os preços da cotação caiam para comprarem o mesmo volume de ações a um preço muito inferior, e voltam a entregá-las ao banco. No final, o lucro está na diferença entre o preço mais alto a que venderam a ação emprestada do banco e o preço idealmente mais baixo da compra posterior, aquando do retorno dessas ações ao banco.

Para que esta operação seja bem-sucedida é preciso que, efetivamente, os preços caiam. 

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