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Resultados trimestrais condicionam desempenho das bolsas europeias

O comportamento das bolsas europeias está a ser influenciado pelos resultados trimestrais das empresas, com bons desempenhos como o da Adidas, Credit Suisse e Danone a serem anulados pelas descidas da Volkswagen e Shell.

Bloomberg
28 de Julho de 2016 às 10:10
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As bolsas europeias estão a negociar em queda ligeira depois de três sessões consecutivas de ganhos, numa altura em que os investidores estão a analisar os resultados trimestrais de várias empresas do Velho Continente.  

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,03% para 342,62 pontos. O português PSI-20 ganha 0,14%, o alemão DAX sobe 0,13% e o francês CAC40 valoriza 0,21%. Do lado das descidas, o IBEX cai 0,7% e o italiano MIB desce 0,68%.

Esta quinta-feira, 28 de Julho, é um dos dias mais preenchidos em termos de apresentação de resultados, com mais de 70 empresas do Stoxx600 a divulgarem as suas contas do segundo trimestre ao mercado.

Entre elas está o BNP Paribas, o maior banco francês, que fechou o segundo trimestre deste ano com um resultado líquido de 2,56 mil milhões de euros, uma subida de 0,2% face ao mesmo trimestre de 2015. O resultado ficou acima do esperado pelos analistas, que apontavam para lucros de 2,2 mil milhões de euros. Os títulos do banco francês sobem 2,05% para 44,39 euros.

A animar o sector estão também as acções do Credit Suisse, que avançam 2,08%, reagindo aos resultados surpreendentes apresentados pela instituição esta manhã. O banco fechou o segundo trimestre com lucros de 170 milhões de francos suíços (155 milhões de euros), o que corresponde a uma queda de 84% face ao período homólogo. Ainda assim, é um regresso aos lucros, já que no primeiro trimestre o banco tinha reportado um prejuízo de 302 milhões de francos suíços. Os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam que o Credit Suisse não conseguisse sair da linha vermelha, apontando para um prejuízo médio de 178 milhões de francos.

 

Ainda na banca, o Lloyds cai 2,33% após ter anunciado que vai avançar com a eliminação de mais 3.000 postos de trabalho e o encerramento de 200 balcões. A instituição liderada por Horta Osório terminou o primeiro semestre com um lucro de 1,8 mil milhões, o que corresponde a uma duplicação face aos 925 milhões registados em igual período do ano passado.

 

A animar estão também a Anglo American, a Adidas, a Danone e o Carrefour. A empresa de mineração ganha 6,51%, depois de ter apresentado lucros e vendas acima do esperado enquanto a Adidas avança 4,84%, com as acções a serem suportadas pela revisão em alta das estimativas de resultados para o conjunto do ano.

A Danone, que viu os seus lucros subirem 7% no primeiro semestre para 1,48 mil milhões de euros, ganha 2,42% para 67,29 euros. Os resultados da maior fabricante mundial de iogurtes foram impulsionados pela renovação das marcas Actimel e Danoninho e pelo aumento dos preços.

Já os títulos do Carrefour somam 1,37% para 24,025 euros, depois de a retalhista francesa ter revelado que o seu resultado operacional recorrente aumentou 5,3% para 706 milhões de euros, acima da previsão de 683,5 milhões de euros dos analistas.   

Contudo, o bom desempenho de algumas cotadas está a ser ofuscado pelas descidas de empresas como a Shell e a Volkswagen cujos resultados desiludiram.

A petrolífera obteve lucros de 95,4 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, uma descida de 72% face ao mesmo período do ano passado. Os resultados ficaram muito aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam resultados líquidos de 1,96 mil milhões de euros.  As acções da Shell descem 3,84%.

Já a alemã Volkswagen recua 2,08% para 125,05 euros depois de ter anunciado que os seus lucros desceram 12% no segundo trimestre para 808 milhões de euros.

Em queda estão ainda os títulos da Renault e da Telefónica. A fabricante automóvel revelou esta manhã que os seus lucros aumentaram 41% para 1,54 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano, impulsionados pelo crescimento da procura na Europa pelos novos modelos da marca. Este valor compara com os 1,44 mil milhões de euros esperados pelos analistas. Os títulos caem 2,11% para 77,90 euros.

Já a Telefónica, cujos lucros no primeiro semestre desceram 42,9% para 1,2 mil milhões, desvaloriza 3,35% +ara 8,85 euros. 

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