O Lloyds terminou o primeiro semestre com um lucro de 1,8 mil milhões, o que corresponde a uma duplicação face aos 925 milhões registados em igual período do ano passado, de acordo com a apresentação dos resultados divulgada esta quinta-feira, 28 de Julho.

A contribuir para a melhoria dos resultados esteve essencialmente a redução de custos operacionais.

Os resultados antes de impostos e excluindo itens extraordinários, diminuíram de 4,27 mil milhões de libras para 4,16 mil milhões. Apesar da queda, os resultados superam as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que antecipavam um resultado antes de impostos de 4,06 mil milhões.

Apesar da melhoria dos resultados, o presidente executivo deixa alguns alertas sobre o futuro, especialmente devido à incerteza provocada pelo "Brexit". "Depois do referendo, a perspectiva para a economia do Reino Unido é incerta e, enquanto o impacto preciso está dependente de uma série de factores, incluindo as negociações com a União Europeia e eventos políticos e económicos, a desaceleração do crescimento parece provável. O Reino Unido, contudo, entra neste período de incerteza de uma posição de força", realça o presidente executivo do Lloyds, citado no comunicado emitido.

No mesmo documento é revelado que o plano de redução de custos será mantido, com a eliminação de mais 3.000 postos de trabalho e o encerramento de 200 balcões.

A Bloomberg realça que o Lloyds já eliminou 7.300 postos de trabalho de um total previsto de 9.000, uma meta que está prevista ser atingida em 2017.

O banco liderado por Horta Osório revelou ainda que vai pagar um dividendo interino de 0,85 pence, o que representa um aumento de 13%, "em linha com a nossa abordagem progressiva e sustentável de dividendos."

As acções do Lloyds perdem 2,80% para 54,19 pence.