A bolsa nacional resiste à pressão que as acções do sul da Europa estão a sofrer nesta sessão. Isto depois do espanhol Banco Popular ter anunciado um aumento de capital de 2,5 mil milhões de euros, o que levou os investidores a afastarem-se das acções do sector bancário.

Apesar disso, o PSI-20 garante uma subida de 0,23%, mesmo com o BCP a desvalorizar 3,94% para 0,0317 euros. A descida do banco liderado por Nuno Amado ocorre não só numa sessão conturbada para o sector, mas também após um ganho de 8,64% na última sessão. Já o BPI desce 0,52% para 1,157 euros, negociando acima do preço oferecido pelo CaixaBank na OPA (1,113 euros).

A fraqueza do sector bancário é compensada pela valorização dos pesos-pesados da energia. A Galp e a EDP ganham mais de 0,5%, numa sessão em que o Brent superou a fasquia dos 50 dólares. Também a Nos e a Jerónimo Martins ajudam a evitar que o PSI-20 negoceie no vermelho. Valorizam 1,61% e 0,59%, respectivamente.

Europa na linha de água

Na Europa, o guião da sessão é similar. O Stoxx 600 negoceia na linha de água com o sector da banca a pesar no comportamento do índice. O anúncio do Banco Popular em avançar para um aumento de capital de 2,5 mil milhões de euros com um forte desconto levou as acções a tombarem mais de 20%.

E essa notícia criou ondas de choque nas acções de outros bancos do sul da Europa. Além da queda do BCP, o Sabadell perde mais de 5%, enquanto o italiano Unicredit desvaloriza mais de 4%. Apesar da dimensão destas descidas, o índice europeu do sector limita a descida a 0,64%.

A compensar as quedas do sector bancário estão as cotadas do sector mineiro e petrolífero. Com o ouro negro e as matérias-primas industriais a recuperarem, os índices daqueles sectores valorizam 2,61% e 0,43%, respectivamente.