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Perdas do BCP anulam ganhos da Nos e levam bolsa a fechar em queda

O PSI-20 fechou no vermelho pressionado pelas perdas do BCP, da EDP Renováveis e da Sonae que acabaram por anular os ganhos de cotadas como a Nos. O principal índice nacional contrariou o sentimento verificado na generalidade principais praças europeias.

Bruno Simão/Negócios
01 de Junho de 2015 às 16:46
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O PSI-20 encerrou a sessão desta segunda-feira, 1 de Junho, a recuar ligeiros 0,03% para 5.837,50 pontos, com sete cotadas a negociar em queda, nove em alta e as restantes duas inalteradas. Numa sessão de constante alternância entre ganhos e perdas, a praça lisboeta acabou por contrariar o sentimento da maior parte das principais praças europeias que seguem no verde no início de uma importante semana para a Grécia.

 

Na próxima sexta-feira, dia 5 de Junho, Atenas tem de devolver quase 311 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo que as autoridades gregas já sinalizaram que sem um acordo com as instituições credoras poderão não ter capacidade financeira para cumprir as obrigações perante o FMI.

 

Apesar da falta de liquidez da Grécia, um acordo poderá nem estar para breve. O próprio ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, estabeleceu como data limite para um acordo sobre as reformas estruturais que a Grécia terá de implementar o dia 30 de Junho, data em que termina o programa de assistência grego ainda em curso.

 

Numa sessão sem uma tendência definida, a marcar o sentimento dos investidores esteve a divulgação do índice PMI para a indústria da Zona Euro que apesar de ter atingido os 52,2 pontos em Maio, igualando a leitura mais alta dos últimos 10 meses, registada em Março, representa uma revisão em baixa face à primeira leitura que apontava para os 52,3 pontos.

No plano nacional, o BCP foi a cotada que mais penalizou a bolsa nacional. O banco liderado por Nuno Amado cedeu 1,41% para 0,084 euros. Num dia que também foi dividido para o sector financeiro nacional, o BPI ganhou 0,22% para 1,397 euros e o Banif fechou inalterado nos 0,0068 euros.

 

Também a pressionar o PSI-20 esteve o sector energético, especialmente a EDP Renováveis que perdeu 0,66% para 6,51 euros. A EDP acompanhou o sentimento e fechou a recuar 0,56% para 3,535 euros, no dia em que António Mexia foi eleito presidente da Eurelectric, a associação europeia que agrupa as maiores operadoras energéticas do Velho Continente.

 

A Galp Energia desvalorizou 0,23% para 10,695 euros numa manhã em que o preço do barril de petróleo segue em queda nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais, cai 1,77% para 64,40 dólares por barril.

 

Outro sector que apresentou um sentimento incerto foi o do retalho, com a Sonae a deslizar 1,42% para 1,182 euros enquanto a Jerónimo Martins apreciou 0,44% para 12,57 euros.

 

A travar uma queda mais pronunciada da praça lisboeta estiveram as cotadas que operam no sector das telecomunicações. A Nos somou 1,46% para 6,823 euros depois de o Citigroup ter elevado em 75% o preço-alvo da cotada para os 7,00 euros.

 

Já a PT SGPS avançou 0,99% para 0,509 euros, depois de na última sexta-feira se ter realizado a assembleia geral de accionistas que aprovou alterações no conselho de administração e ainda a mudança do nome da empresa para Pharol.

 

Ainda no verde esteve também a Mota-Engil que avançou 5,90% para 2,584 euros numa sessão em que esteve a disparar mais de 10%, isto numa altura em que surgem notícias que dão conta do interesse da Ardian constituir uma parceria com a Ascendi, uma empresa detida em 60% pela Mota-Engil. Aquela firma de "private equity" estará interessada em concretizar um investimento de 300 milhões de euros.

 

Ainda na construção, a Teixeira Duarte subiu 0,66%% para 0,6108 euros.

 

Também com nota de destaque pela positiva estiveram os CTT que valorizaram 0,90% para 9,283 euros.

 

Nota ainda para a Semapa que encerrou a sessão inalterada nos 13,06 euros, num momento em que permanece em cima da mesa a oferta pública de aquisição (OPA), mediante uma oferta de troca, sobre as suas próprias acções. O CaixaBI refere que a oferta pública de troca (OPT) sobre a Semapa não reflecte o valor da empresa.

 

Esta OPT é feita às acções da Semapa que não pertencem à Sodim, a holding controlada pela família de Pedro Queiroz Pereira. Por sua vez, a Sodim controla 54,5% da Semapa, empresa que detém 75,8% da Portucel. A Portucel desceu 0,45% para 3,759 euros. 


(Notícia actualizada às 16h58 com mais informações)

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