Notícia
PSI-20 cai mais de 2% e lidera quedas na Europa
A bolsa nacional acentuou a tendência negativa do início da sessão e segue agora a cair mais de 2% com as 18 cotadas em terreno negativo. A perspectiva de um Governo composto por PS, Bloco de Esquerda e PCP está, desde ontem, a assustar os investidores.
O principal índice do mercado nacional perde 2,11% para 5.237,40 pontos, com todas as cotadas em queda. O PSI-20 negoceia em terreno negativo pela segunda sessão consecutiva penalizado, essencialmente, pelos títulos do sector bancário.
A possibilidade de formação de um governo à esquerda – uma hipótese que ganhou força esta segunda-feira após o encontro de António Costa e Catarina Martins – está a assustar os investidores e a provocar quedas acentuadas entre as cotadas do sector bancário.
Além de um movimento de correcção – visto que o BCP subiu quase 40% nas últimas duas semanas, e o BPI mais de 26% - a queda das acções da banca justifica-se pela incerteza que envolve a eventual formação de um governo à esquerda, segundo os analistas consultados esta segunda-feira pelo Negócios.
"Após as fortes subidas, a banca nacional está a entrar numa fase de correcção, agravada por um possível governo de esquerda. Toda a bolsa nacional agravou as perdas, a partir do momento em que foi vinculada a notícia de que é possível que o PS tente um governo à esquerda", referiu Pedro Lino, CEO da Dif Broker.
Após perder mais de 9% na sessão de ontem, o BCP segue agora a cair 7,19% para negociar nos 5,29 cêntimos. O BPI recua 4,03% para 1,025 euros e o Banif perde 5,41% para 0,004 euros.
As fortes quedas não são, porém, um exclusivo da banca. A Pharol perde 6,12% para 30,7 cêntimos, a Impresa recua 2,86% para 68 cêntimos e a Mota-Engil desvaloriza 3,45% para 2,10 euros.
No sector da energia, a EDP perde 1,21% para 3,337 euros, a EDP Renováveis cai 0,45% para 5,99 euros e a Galp desvaloriza 1,31% para 9,758 euros.