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PSI-20 volta a subir com Galp a impulsionar
A bolsa nacional pende para o terreno positivo numa altura de pouca clareza nos mercados europeus. A Galp puxa pela bolsa nacional ao mesmo tempo que as cotações de petróleo recuperam do choque dos últimos dias.
A bolsa nacional abriu em alta, com o principal índice, o PSI-20, a subir 0,75% para os 4.131,25 pontos. Lisboa fica no verde num dia misto para as principais praças europeias, mas no qual o sentimento positivo parece estar a ganhar terreno.
Os investidores mostram-se animados à medida que continuam a ser divulgados resultados agridoces no mundo empresarial. Esta quinta-feira, o Credit Suisse reportou uma subida de 75% nos lucros, embora tenha optado, para já, por distribuir apenas metade do dividendo que estava planeado aos acionistas. As americanas Chipotle Mexican Grill e Texas Instruments também conseguiram apresentar contas animadoras, mas este já não foi o caso da Heineken, que cancelou o pagamento de dividendos, e da Kering, que admitiu não esperar qualquer recuperação nos Estados Unidos e Europa antes de julho, depois de as vendas da Gucci terem recuado.
Ainda a promover o entusiasmo está uma recuperação de quase 10% nas cotações do barril de petróleo em Nova Iorque, que segue assim a cotar nos 15,10 dólares. Em Londres, a referência para a Europa no que toca à negociação desta matéria-prima, o barril de Brent também soma mais de 7%.
Por cá, é a petrolífera Galp que mostra os maiores ganhos entre os pesos pesados da bolsa. Esta cotada valoriza 1,73% para os 9,430 euros. BCP e EDP também alinham na tendência, com ganhos, respetivamente, de 0,53% para os 9,44 cêntimos e de 0,63% para os 3,821 euros.
Ainda em destaque pela positiva estão as papeleiras, com a Semapa, Altri e Navigator a posicionarem-se alto na tabela dos ganhos. A Navigator aprecia 1,95% para os 2,302 euros, a Altri valoriza 1,52% para os 4,684 euros e a Semapa sobe 1,03% para os 8,85 euros.
Os analistas do Caixabank BPI chamam ainda a atenção, na nota diária aos investidores, de que a Galp não é a única cotada nacional cujo preço dos títulos está interligado com as cotações de petróleo. "Existe uma outra ação cuja atividade depende da evolução do crude: a Mota-Engil. A queda do petróleo tem agudizado a pressão sobre algumas economias emergentes onde a construtora opera. O petróleo representa a principal fonte de receitas para estes países e da qual depende o financiamento para a construção de muitas infraestruturas", lê-se na referida nota. A Mota-Engil segue a ganhar 2,96% para os 1,114 euros.
(Notícia atualizada às 8:30)