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PSI-20 sobe pela primeira vez em quatro sessões com fortes ganhos da Nos e BCP

A bolsa nacional escapou às perdas na Europa, suportada pela subida de 2,5% do BCP e de 4% da Nos.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
23 de Julho de 2018 às 16:47
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Em dia de perdas generalizadas na Europa, o português PSI-20 escapou à tendência e encerrou em terreno positivo pela primeira vez em quatro sessões. O PSI-20 somou 0,58% para 5.638,17 pontos, com dez cotadas em alta, sete em queda e uma inalterada.

Na Europa, os principais índices negoceiam com sinal vermelho, penalizados pela escalada da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, que mereceu o alerta de vários líderes mundiais reunidos este fim-de-semana na cimeira do G20 para o potencial impacto na evolução da economia global.

Por outro lado, os investidores estão cautelosos neste arranque de semana, que será muito preenchida no que respeita à apresentação de resultados das empresas. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,22% para 384,78 pontos, na terceira sessão consecutiva de perdas.  

Em Lisboa, os ganhos foram impulsionados sobretudo pelo BCP e pela Nos. O banco liderado por Nuno Amado, que apresenta resultados esta quinta-feira, subiu 2,54% para 27,08 cêntimos, enquanto a Nos somou 4,03% para 4,952 euros. Durante a sessão, os títulos da operadora chegaram a valorizar um máximo de 6,93% para 5,09 euros, a reflectir os resultados trimestrais anunciados antes da abertura e a melhoria do preço-alvo e recomendação por parte do Goldman Sachs.

Esta manhã, a Nos revelou que os seus lucros cresceram 9,2% nos primeiros seis meses do ano para 78,9 milhões de euros. Por outro lado, o Goldman Sachs subiu o preço-alvo para as acções de 5,5 para 6,2 euros e melhorou a recomendação de "neutral" para "comprar", para reflectir as estimativas mais positivas para o EBITDA e a crescente confiança na subida das receitas e no corte de custos. 

A contribuir para a subida do PSI-20 estiveram ainda a EDP, a Pharol e os CTT. A eléctrica liderada por António Mexia ganhou 0,76% para 3,459 euros, enquanto a EDP Renováveis deslizou 0,22% para 8,88 euros.

A antiga PT SGPS somou 2,59% para 23,8 cêntimos e a empresa de correios valorizou 1,93% para 2,952 euros.

Por outro lado, a evitar maiores ganhos do PSI-20 estiveram sobretudo as cotadas do sector da pasta e do papel, com a Semapa recuar 2,08% para 21,15 euros, a Navigator a perder 0,34% para 4,988 euros e a Altri a ceder 1,34% para 8,81 euros.

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