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Lucro da Nos cresce 9,2% para 79 milhões até Junho
A base de clientes e serviços prestados cresceram 2,6% para 9,4 milhões até ao final de Junho. O número de casas com fibra óptica da Nos superou os 4 milhões, fruto do investimento total de 92 milhões de euros.
A operadora liderada por Miguel Almeida fechou os primeiros seis meses do ano com um resultado líquido de 78,9 milhões de euros. O que representa um crescimento de 9,2% face ao mesmo período de 2017, de acordo com o comunicado emitido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM) esta segunda-feira, 23 de Junho.
As receitas cresceram para 772,3 milhões de euros (+0,6%), com os proveitos da divisão de telecomunicações a crescer 1,4% para 740 milhões de euros. Uma performance impulsionada pelo aumento da base de clientes da Nos neste período. Em resultado, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) também cresceu 2,6% para 305,5 milhões de euros. A margem EBITDA aumentou 0,8 pontos percentuais para 39,6%.
No campo operacional, a Nos destaca que o número de serviços prestados aumentou 2,6% para um total de 9,5 milhões até ao final de Junho. O que representa 245 mil adições líquidas face ao primeiro semestre de 2017.
"Este aumento reflecte o crescimento de 3,9% no móvel para 4,7 milhões, 3,8% na banda larga fixa, 0,8% na voz fixa e 1,5% nos serviços fixos de televisão ", detalha. A Nos aponta ainda que "os serviços móveis registaram uma forte dinâmica", com mais 179 mil adições líquidas comparando com Junho de 2017.
As ofertas convergentes (pacotes de serviços) continuam a ser o motor de crescimento da base dos serviços prestados, representando praticamente metade do total da base de clientes (49,3%) da Nos. De Janeiro a Junho este segmento cresceu 5,4% para 749,4 mil clientes.
No segmento empresarial os serviços prestados pela Nos atingiram 1,5 milhões, um aumento de 40 mil.
Até Junho, a Nos contava com 4 milhões de casas passadas com fibra óptica, um aumento de 9,8% fruto do investimento operacional (Opex) da operadora que totalizou 91,7 milhões de euros. No final do ano passado a Nos assinou um acordo de partilha de infra-estrutura com a Vodafone Portugal que vai permitir a operadora ultrapassar os 4,4 milhões de casas passadas até ao final deste ano.
No que toca às receitas de exploração cresceram 0,6% para 772 milhões de euros. Nos negócios de cinema e audiovisuais a performance foi de queda, com um decréscimo de 16,3% do número de bilhetes "motivado sobretudo pela ausência de grandes êxitos a nível mundial", sustenta a Nos.
Quanto à dívida financeira líquida "situou-se nos 1.550 milhões de euros, mais 3,2% que no ano passado, representando 2x o EBITDA, um rácio bastante conservador face às congéneres do sector", defende a empresa liderada por Miguel Almeida.