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Fecho dos mercados: Petróleo sobe com tweet de Trump. Bolsas em baixo

As bolsas europeias e norte-americanas seguem a negociar em terreno negativo, sendo o PSI-20 uma das poucas excepções. Já o barril de petróleo está a valorizar devido ao aviso de Trump ao Irão.

Miguel Baltazar
23 de Julho de 2018 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,58% para 5.638,17 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,19% para 284,88 pontos

S&P 500 ganha 0,07% para 2.803,76 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,08 pontos base para 1,774%

Euro desvaloriza 0,18% para 1,1703 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,45% para 73,65 dólares por barril

Bolsas em terreno negativo

Esta semana continua a divulgação de resultados das cotadas norte-americanas, nomeadamente a Alphabet (ex-Google) que mostra as contas esta segunda-feira após o fecho de Wall Street. Neste momento as tecnológicas estão a sofrer em bolsa porque Donald Trump criticou no Twitter a Amazon, o que levou à queda das acções. Já as acções da Tesla estiveram a afundar mais de 6% depois de ter sido noticiado um pedido da empresa aos fornecedores para devolverem parte dos pagamentos.


O sentimento negativo está a dominar as bolsas depois de no fim-de-semana os ministros das Finanças do G20 terem feito avisos sobre o impacto do proteccionismo no crescimento económico. A tensão comercial e a cautela dos investidores face à apresentação dos resultados fez com que as bolsas europeias negociassem em baixa. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 0,19% para os 284,88 pontos. Foi também o sector tecnológico o mais penalizado.

Portugal foi a excepção. O PSI-20 fechou em alta, subindo pela primeira vez em quatro sessões. A contribuir para este desempenho positivo estiveram os fortes ganhos do BCP e da Nos, depois de ter anunciado que os lucros do primeiro semestre aumentaram quase 10% para 79 milhões de euros. A bolsa nacional somou 0,58% para 5.638,17 pontos, com dez cotadas em alta, sete em queda e uma inalterada.

Juros agravam-se na Europa, mas Portugal escapa

Um dos possíveis impactos no mercado de dívida nesta segunda-feira foi a notícia da Reuters de que o Banco Central do Japão pode retirar os estímulos à economia mais depressa do que o previsto, o que levou os juros japoneses a 10 anos para máximos de seis meses.

Os juros alemães a 10 anos atingiram um máximo de um mês com uma subida de 3,7 pontos base para os 0,406%. Na Europa, Portugal escapou ao ter registado um alívio de 0,8 pontos base para 1,774% na taxa de juro a dez anos. Contudo, tanto em Espanha como em Itália os juros agravaram-se: mais cinco pontos base para 2,639% e mais 6,6 pontos base para 1,380%, respectivamente.

Euribor não mexem

As taxas Euribor mantiveram-se inalteradas a três, seis, nove e a 12 meses esta segunda-feira. Assim, a Euribor a três meses está em -0,321% pela sétima sessão consecutiva enquanto a Euribor a seis meses está em -0,279% pela sexta sessão consecutiva. Já a taxa a nove meses está a -0,216% e a doze meses a -0,179%. 

Euro perde terreno para o dólar
Na semana passada, o euro ganhou terreno face ao dólar. A divisa norte-americana tinha sido penalizada pelas críticas feitas por Donald Trump à Reserva Federal. O presidente norte-americano está contra a política de aumento gradual dos juros seguida pelo banco central do país por considerar que um dólar demasiado forte é prejudicial para a maior economia mundial.

Esta segunda-feira o dólar está a ganhar terreno face aos vários comentários de Donald Trump no Twitter a fazer frente ao Irão e à Amazon. Já o euro sofre um deslize de 0,18% para os 1,1703 dólares. Esta desvalorização acontece antes de o Banco Central Europeu (BCE) realizar esta quinta-feira a sua reunião de política monetária.

Petróleo sobe com aviso de Donald Trump

O barril de petróleo está a valorizar depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter avisado o Irão para que não faça ameaças aos Estados Unidos. As tensões entre os Estados Unidos e o membro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentaram, o que fez disparar a preocupação em relação aos aumentos de produção esperados.

"A escalada e a retórica fazem com que toda a gente esteja preocupada sobre o que pode acontecer entre os EUA e o Irão, e o abastecimento de petróleo no Golfo", refere o analista da Again Capital, John Kilduff, à Reuters. Julho tem sido um mês de quedas para o petróleo depois de a OPEP ter conseguido acordar um aumento de produção. Esta segunda-feira o barril de petróleo negociado em Londres, o Brent, está a valorizar 0,81% para os 73,65 dólares, um máximo de uma semana. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,45% para os 68,55 dólares. 

Ouro perde brilho

O ouro continua a perder brilho. Desta vez é a valorização do dólar que está a penalizar o preço do metal uma vez que este fica mais caro para compradores que não utilizem a divisa norte-americana. O ouro negoceia abaixo do mínimo de um ano ao desvalorizar 0,37% para os 1.225 dólares por onça. Esta segunda-feira fica também marcada pela notícia de que a maior indústria de ouro na África do Sul assume que vai enfrentar um inevitável declínio. 

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