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Abertura dos mercados: Trump penaliza dólar e condiciona bolsas e petróleo

A semana arrancou em queda para as acções e para o dólar, com as declarações do presidente dos Estados Unidos condicionarem estes dois activos.  

Reuters
23 de Julho de 2018 às 09:27
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O mercado em números 

PSI-20 sobe 0,35% para os 5.625,27 pontos

Stoxx 600 perde 0,5% para os 383,69 pontos

Nikkei desvalorizou 1,33% para 22.396,99 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos avança 1 ponto base para 1,79%

Euro valoriza 0,14% para 1,1741 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,03% para 73,09 dólares 

 

Bolsas arrancam semana em queda

As bolsas europeias arrancaram a semana em queda, estando a ser pressionadas por diversos factores, como resultados abaixo do esperado, alerta dos ministros das Finanças do G-20 sobre o impacto do proteccionismo no crescimento da economia global e as declarações de Trump sobre a guerra comercial e a resposta ao presidente do Irão.

 

O Stoxx600 desvaloriza 0,5% para 383,69 pontos, com o sector das companhias aéreas a ser o mais penalizado, depois da Ryanair ter anunciado uma queda de 20% nos lucros do primeiro trimestre fiscal.

 

A bolsa de Lisboa consegue escapar a esta tendência negativa, estando a ser impulsionada sobretudo pela Nos. A empresa de telecomunicações dispara 4,79% para 4,988 euros depois de ter anunciado que os lucros do primeiro semestre aumentaram quase 10% para 79 milhões de euros.   

 

Palavras de Trump penalizam dólar

O presidente dos Estados Unidos tem reclamado contra a alta do dólar nos mercados, considerando que penaliza a competitividade das companhias norte-americanas. Na sessão desta segunda-feira as suas palavras estão a contribuir precisamente para travar o dólar, já que o presidente dos EUA respondeu através do Twitter às ameaças do presidente iraniano, prometendo "consequências" sem paralelo histórico.

 

O índice do dólar está a recuar 0,1% e segundo a Bloomberg atingiu o nível mais baixo da última semana. O euro valoriza 0,14% para 1,1741 dólares.

 

Dívida europeia em alta ligeira

A semana em que decorre mais uma reunião do Banco Central Europeu arrancou com os juros da dívida soberana europeias em alta ligeira. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avançam 1 ponto base para 1,79%, enquanto o juro das bunds sobe 1,5 pontos base para 0,385%. Na dívida italiana os juros registam um aumento da mesma magnitude.

 

O Banco Central Europeu (BCE) realiza esta quinta-feira a sua reunião de política monetária. A instituição deverá deixar a sua política de estímulos e as suas taxas de juro inalteradas. Actualmente a taxa de referência está em 0% e a expectativa é que a entidade liderada por Mario Draghi anuncie a primeira subida de juros apenas na segunda metade de 2019.

 

Petróleo estável após três semanas em queda

O petróleo arrancou a semana sem grandes oscilações, com os investidores a avaliarem vários factores que contribuem para impulsionar/pressionar as cotações da matéria-prima. O aumento da tensão entre os Estados Unidos e a China (na frente da guerra comercial) e entre Trump e o presidente do Irão (na frente geopolítica) travam uma queda do petróleo, enquanto a descida do número de perfurações nos Estados Unidos serve para impulsionar as cotações.

 

Após três semanas sempre em queda, o Brent está esta segunda-feira a subir 0,03% para 73,09 dólares em Londres e o WTI recua 0,15% para 68,16 dólares na bolsa de Nova Iorque.

 

Ouro trava quedas

As restantes matérias-primas estão também a ser condicionadas pelas declarações de Trump sobre a guerra comercial e o Irão, com destaque para o ouro que segue estável neste arranque de semana, travando a tendência negativa registada ao longo das últimas semanas. O metal precioso segue estável nos 1.229,69 dólares a onça.

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