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PSI-20 ganha força com máximos históricos da Navigator
A bolsa nacional encerrou em alta, depois de três sessões no vermelho, a acompanhar o momento positivo que se viveu também no resto da Europa. A contribuir para este bom desempenho estiveram sobretudo a Navigator e a Jerónimo Martins.
A bolsa nacional fechou em terreno positivo, com o índice PSI-20 a ganhar 1,04%, para 5.375,28 pontos, com 12 cotadas em alta, cinco em baixa e uma inalterada.
No resto da Europa, a tendência foi também de subida, com o Stoxx 600 a marcar o primeiro ganho em cinco dias (+1,11%), animado pelo alívio das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
A contribuir para este movimento esteve a diminuição de receios em torno de uma eventual escalada das tensões comerciais, isto depois de os EUA e a China terem concordado em negociar uma solução para melhorar o acesso das empresas norte-americanas ao mercado chinês - após a imposição na semana passada, de parte a parte, de medidas proteccionistas sob a forma de novas tarifas aduaneiras a produtos de ambos os países.
Com efeito, os receios de guerra comercial diminuíram depois de a Administração Trump ter dito que instou a China a reduzir as tarifas sobre os automóveis norte-americanos e a abrir o seu mercado aos serviços financeiros dos EUA, no âmbito das conversações entre ambas as partes.
Os 19 sectores que compõem o Stoxx 600 encerraram em alta, com destaque para o químico, para a construção e telecomunicações.
A animar o sector químico esteve a Akzo Nobel, que disparou mais de 5% depois de o Carlyle Group ter ganho um leilão para adquirir a sua unidade de químicos especializados por cerca de 12,5 mil milhões de dólares (10,07 milhões de euros).
Por cá, a impulsionar o índice de referência nacional esteve sobretudo a Navigator, que fechou a somar 2,54% para 4,84 euros. Durante a sessão, a empresa liderada por Diogo da Silveira atingiu um novo máximo histórico nos 4,88 euros.
Ainda no sector do papel, a Semapa avançou 1,08% para 18,72 euros e a Altri somou 1,88% para 5,42 euros.
A ajudar à boa performance da praça lisboeta esteve também a Jerónimo Martins. A retalhista dona do Pingo Doce terminou a subir 2,07% para 14,525 euros, a recuperar dos mínimos renovados ao longo das últimas sessões – depois de ontem ter chegado a negociar no valor mais baixo em 18 meses. A JM está nesta altura a avaliar a compra de uma concorrente na Polónia, a Piot i Pawel, segundo o jornal económico polaco Rzeczpospolita.
A cotada liderada por Pedro Soares dos Santos tem estado sob pressão, com as acções a renovarem mínimos de mais de um ano. Em causa têm estado notas de análise, com várias casas de investimento a cortarem a avaliação da cotada. Esta terça-feira deu-se uma inversão, com as acções a reagirem à divulgação de uma nota de "research" positiva.
A energia também deu gás à bolsa, com a Galp a valorizar 1,43% para 15,27 euros, num dia em que também as cotações do petróleo seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais.
Por seu lado, a EDP apreciou-se em 1,49% para 2,995 euros e a sua subsidiária para as renováveis pulou 0,79% para 7,68 euros. Já a REN somou 0,73% para 2,468 euros.
Entre os ganhos superiores a 1%, destaque ainda para a Sonae Capital, que registou um acréscimo de 1,63% para 0,934 euros.
Também o BCP fechou com nota positiva, a avançar 0,77% para se estabelecer nos 0,2762 euros.
A travar maiores ganhos estiveram cinco cotadas: a Ibersol, Mota-Engil, Pharol, CTT e Nos, sendo que a representante do Burger King e da Pizza Hut em Portugal cedeu 2,56% para 11,40 euros.