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PSI-20 em máximos e juros em mínimos

A bolsa nacional inverteu da tendência de queda e já renovou um novo máximo de Março. As taxas de juro de Portugal estão a descer, para mínimos de Novembro, e o prémio de risco face à dívida alemã desce. As bolsas europeias também sobem e renovam máximos.

04 de Maio de 2017 às 11:25
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Os investidores estão a revelar optimismo, elevando as bolsas para novos máximos e os juros portugueses estão a recuar para mínimos de Novembro. A marcar o dia estão vários factores: por um lado várias cotadas apresentaram resultados do primeiro trimestre, com os números a ficarem acima do esperado; por outro o último debate entre os candidatos à Presidência de França deu a vitória a Emmanuel Macron, de acordo com a sondagem. O que reduz os receios de que a eurocéptica Marine Le Pen vença a segunda volta das eleições, agendada para este domingo, 7 de Maio. Além disso, a Reserva Federal (Fed) dos EUA considera que o recentemente abrandamento económico no país é transitório, o que está a elevar as expectativas de aumento de subidas de juros naquele país.

No mercado de dívida, a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal está a descer 4,1 pontos base para 3,424%, atingindo um mínimo de Novembro de 2016. O prémio de risco face à dívida alemã também está a descer para pouco mais de 300 pontos base, uma vez que os juros da Alemanha estão a subir. O prémio de risco é também o mais baixo desde Novembro. Ainda esta quinta-feira, 4 de Maio, o Financial Times publicou um artigo onde diz que os investidores estão mais optimistas em relação à dívida de Portugal.

Assim, o PSI-20 sobe 0,67% para 5.179,26 pontos, tendo renovado o máximo de Março de 2016, numa altura em que duas cotadas já renovaram também elas um recorde de, pelo menos, 2015. No resto da Europa a tendência também é de ganhos, com o Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a tocarem em máximos de Agosto de 2015. Além deste índice, o alemão DAX está em níveis nunca antes vistos, o holandês AEX atingiu um recorde de 2007, o francês CAC um máximo de 2008 e o espanhol IBEX e o grego FTASE máximos de 2015. 

Na praça de Lisboa, destaque para as acções da Mota-Engil, que sobem 4,54% para 2,671 euros, tendo já tocado nos 2,74 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Julho de 2015. As acções da construtora continuam a reflectir o entusiasmo dos investidores pelo anúncio de dividendo. Os investidores souberam, na passada quinta-feira, 27 de Abril, que a Mota-Engil decidiu mais do que duplicar o dividendo pago aos seus accionistas. Desde então, as acções já acumulam um ganho superior a 16%.

Em máximos está também a Corticeira Amorim, que já atingiu um valor nunca antes visto esta manhã ao tocar nos 11,65 euros. A cotada segue agora a subir 1,54% para 11,57 euros. 

O verde é a cor que predomina na praça lisboeta, com o BCP a subir quase 2% para 0,2188 euros, a Jerónimo Martins a apreciar 1,09% para 16,71 euros, a Galp Energia a ganhar 0,90% para 14,08 euros e os CTT a valorizarem-se 0,37% para 5,657 euros.

A EDP também cresce 0,80% para 3,15 euros, depois de ontem já ao final do dia ter apresentado os resultados do primeiro trimestre. Os lucros caíram 18%, mas ficaram ainda assim acima das estimativas dos analistas. Em sentido contrário está a EDP Renováveis, cujas acções descem 6,965 euros, no dia em que está a descontar o dividendo de cinco cêntimos que vai distribuir pelos seus accionistas. Excluindo este ajuste técnico, as acções estariam a subir 0,35%.

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