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PSI-20 em máximos de 10 de junho e EDP no valor mais alto de quatro meses. Pharol dispara perto de 13%

A bolsa nacional fechou em máximos de mais de um mês, a acompanhar as restantes praças europeias, sustentada sobretudo pela Pharol, grupo EDP e Jerónimo Martins.

Sérgio Lemos
20 de Julho de 2020 às 16:59
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A praça lisboeta encerrou em terreno positivo, com o índice de referência nacional a somar 1,20% para 4.533,49 pontos, em máximos de 10 de junho, tendo sido uma das que mais valorizou no Velho Continente.

Nas restantes praças europeias, a tendência foi também de subida, numa altura em que se espera um acordo, em Bruxelas, de aprovação do Fundo de Recuperação da UE.

O primeiro-ministro, António Costa, disse aos jornalistas presentes em Bruxelas que este Fundo terá pelo menos 390 mil milhões de euros a fundo perdido, dos quais Portugal receberá 15,3 mil milhões de euros.

Por cá, a Pharol esteve em forte destaque do lado dos ganhos, a escalar 12,80% para 0,1128 euros, depois de no sábado ter sido anunciado que a operadora brasileira Oi – onde a cotada portuguesa tem uma participação – recebeu uma proposta no valor de 1,076 mil milhões de reais (174,6 milhões de euros) pela sua unidade de torres.

"Além da oferta tríplice pela unidade móvel, a Oi também recebeu uma proposta vinculante, irrevogável e irretratável da empresa Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações pela unidade produtiva isolada de torres (UPI Torres)", refere a Teletime.

A unidade de torres separada é um dos elementos da proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi, que ainda precisa ser votada em assembleia-geral de credores, prevista para agosto, sublinha a mesma publicação.

A contribuir para o bom desempenho do índice de referência nacional esteve também a EDP, que avançou 1,69% para 4,642 euros e atingiu máximos de 5 de março.

Os títulos da elétrica nacional têm estado a subir desde o anúncio – na passada quarta-feira, 15 de julho – da aquisição de ativos da empresa espanhola Viesgo, com os investidores a comprarem ações da EDP antes do aumento de capital que financiará parte dessa operação e que arrancou hoje.

Assim, hoje foi o último dia em que as ações negociaram com os direitos incorporados e o período de subscrição arranca na quinta-feira. A expectativa de que este negócio seja uma boa oportunidade de crescimento e de criação de sinergias, assim como o preço a que serão colocadas as novas ações – 3,30 euros –, originou uma reação positiva no mercado.

Também a EDP Renováveis ganhou terreno, a somar 3,19% para 14,24 euros, o que corresponde a máximos históricos.

A Jerónimo Martins foi outra das cotadas que animou a bolsa nacional, ao valorizar 1,08% para 14,95 euros.

Por seu lado, os CTT registaram um acréscimo de 2,86%, terminando a sessão a valer 2,335 euros.

Em baixa estiveram apenas 4 das 18 cotadas do PSI-20: a Galp Energia, a cair 0,63% para 10,335 euros, em dia de descida dos preços do petróleo; a Sonae Capital, a ceder 0,40% para 0,50 euros; a REN, que recuou 0,20% para se fixar nos 2,49 euros; e o BCP, que deslizou 0,09% para 0,1099 euros.

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