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PSI-20 é vice-campeão dos dividendos

A bolsa portuguesa tem a segunda maior taxa de rentabilidade dos dividendos, segundo um estudo da Allianz Global Investors. Os CTT são uma das apostas da gestora em produtos que exploram estratégias relacionadas com dividendos.

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25 de Janeiro de 2017 às 07:00
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As acções nacionais têm, provavelmente, uma das taxas de retorno do dividendo mais elevadas do mundo. A conclusão surge num estudo da Allianz Global Investors que coloca a bolsa portuguesa no segundo lugar do pódio das taxas de rentabilidade mais elevadas. O primeiro lugar é ocupado por Espanha e o terceiro posto pertence às acções italianas.

Nestes mercados as avaliações das cotadas ainda são baixas, o que faz com que o peso do dividendo face ao preço das acções seja mais elevado. Isto depois de estes mercados terem tido desempenhos inferiores aos de outras bolsas europeias durante o último ano.

"Existem boas oportunidades de investimento entre as empresas portuguesas e espanholas", refere a gestora de activos numa nota. Para Espanha, no final de 2016, a taxa de retorno dos dividendos era de 4,9%. Para Portugal, esse indicador era de 4,4%. A média na Europa, o bloco com retornos de dividendos mais atractivos, é de 3,5%.
Os dividendos generosos levaram a gestora a defender que existem boas oportunidades de investimento tanto em Espanha, como em Portugal. No mercado nacional, a grande aposta são os CTT. A Allianz Global Investors é a terceira maior accionista  da empresa liderada por Francisco Lacerda. A gestora detém 5,04% da empresa.

Navigator e  CTT com os maiores dividendos

Os CTT têm a terceira maior taxa de rentabilidade da bolsa nacional, segundo as estimativas do BPI. O dividendo estimado para ser pago este ano corresponde a cerca de 7,9% do preço actual das acções. Esta taxa é o dobro do proporcionado pelas obrigações portuguesas a dez anos, que transaccionam, em mercado secundário, com uma taxa de 3,861%.

De acordo com as projecções do banco, apenas a Sonae Capital poderá ultrapassar aquela taxa de rentabilidade. O BPI estima uma taxa de rentabilidade do dividendo de 11,7%. Isto se a empresa decidir distribuir um terço do encaixe que obteve com a venda de activos não-estratégicos. Ainda no pódio dos maiores dividendos da bolsa nacional está a Navigator. Os analistas do banco estimam um retorno do dividendo de 8,5%.

No entanto, nem sempre uma taxa de retorno elevado do dividendo pode significar uma boa estratégia, segundo os especialistas da Allianz Global Investors. As "estratégias de dividendo são caracterizadas por empresas em que se espere que gerem uma taxa de retorno do dividendo acima do respectivo índice de mercado; que têm potencial para aumentar os dividendos futuros e, em simultâneo, disponibilizem uma política credível de remuneração aos accionistas e um bom histórico".

Isto para tirar partido do efeito benéfico que os dividendos podem ter numa carteira de investimento. Segundo os cálculos da gestora "os dividendos compensaram parcial ou mesmo totalmente algumas perdas com o preço das acções". E refere que entre 1971 e 2016, os dividendos contribuíram com 38% do retorno anualizado das acções europeias.


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