A bolsa nacional encerrou em queda esta quinta-feira, 26 de Abril, pela segunda sessão consecutiva, arrastada pela desvalorização do BCP. O PSI-20 desceu 0,38% para 5.516,79 pontos, com 11 cotadas em queda e sete em alta.

O banco liderado por Nuno Amado desvalorizou 3,12% para 27,95 cêntimos – o valor mais baixo em quase duas semanas - depois de já ontem ter caído 1,13%. A descida desta quinta-feira – que é a mais elevada desde 5 de Março – é também a maior entre os membros do índice europeu da banca, sendo seguida pela do Deutsche Bank e do Barclays, cujos resultados anunciados hoje ficaram aquém do esperado pelos analistas.

Ainda assim, a banca europeia ganhou terreno na sessão de hoje, tal como os restantes 18 grandes sectores, destacando-se as subidas das telecomunicações, utilities, e empresas do sector do petróleo e gás.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, sobe 0,92% para 383,66 pontos, com os investidores animados não só com os resultados trimestrais das empresas, sobretudo industriais, como também pela manutenção dos estímulos do BCE e garantia do banco central de que o crescimento da economia continua sólido.

Em Lisboa, além do BCP, contribuíram para a queda do PSI-20 a EDP, a Semapa, a Sonae e a Corticeira Amorim.

A Semapa deslizou 1,09% para 18,20 euros, a Sonae perdeu 1,49% para 1,127 euros e a Corticeira Amorim caiu 0,91% para 10,90 euros, no dia em que passou a negociar sem direito ao dividendo. Não fosse este efeito, os títulos teriam subido 0,8%.  

Já a EDP recuou 1% para 3,178 euros, contrariando a evolução das restantes cotadas do sector. A EDP Renováveis ganhou 0,88% para 8,02 euros e a Galp Energia valorizou 0,67% para 15,885 euros, acompanhando a subida do petróleo nos mercados internacionais.  

A evitar uma maior queda do PSI-20 estiveram ainda a Nos, com uma subida de 1,27% para 4,954 euros, e a Jerónimo Martins que avançou 0,21% para 14,365 euros, depois de ter anunciado, esta manhã, que os seus lucros aumentaram 9,1% no primeiro trimestre para 85 milhões de euros.

Fora do PSI-20, a Teixeira Duarte disparou 8,7% para 30 cêntimos, com os títulos a reagirem positivamente ao plano anunciado pela construtora na quarta-feira para vender activos de modo a reduzir o endividamento da empresa, que contempla também um acordo com a banca.