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PSI-20 conta uma mão cheia de ganhos com BCP a subir mais de 2%
O índice nacional acompanha a tendência positiva das praças europeias, com o peso pesado BCP a dar um impulso.
Lá fora, duas forças competem pela atenção dos investidores, mas é a primeira, mais positiva, que ganha. Por um lado, há um otimismo generalizado quanto à reabertura das economias, que para já apoia a esperança de que o pior da pandemia em termos económicos já passou. Por outro, as tensões entre os Estados Unidos e a China vivem mais um episódio, depois de Washington ter assinalado que, nas atuais condições, não poderia considerar Hong Kong uma região autónoma. Esta constatação aviva o receio de que a Casa Branca avance com sanções ao Governo chinês.
Logo no encalço do BCP aparece a Altri, a somar 2,15% para os 4,46 euros, no dia em que esta cotada, à semelhança da Semapa, vai apresentar resultados.
De acordo com as previsões do CaixaBank BPI Equity Research, a produtora de pasta e papel terá registado, durante os primeiros três meses do ano, uma queda de 20% nas suas receitas, conduzindo o resultado líquido aos 3 milhões de euros, o que significa que terá descido 91% face ao mesmo período do ano anterior. Contudo, ao contrário de várias cotadas, a empresa decidiu prosseguir com o pagamento de dividendos.
Já a Semapa deverá ter apresentado uma ligeira descida nas suas receitas trimestrais, pelo que o lucro trimestral terá ascendido aos 26 milhões de euros, menos 35% face ao primeiro trimestre de 2019, lê-se ainda na nota diária do banco.
A travar maiores ganhos do índice está a EDP, que perde 0,60% para os 4,12 e é acompanhada no vermelho apenas pela Galp, que desce 0,23% para os 10,87 euros. A EDP já ontem contrariou a tendência do índice.
Ontem, o Société Générale reviu em baixa a recomendação para a EDP, que passou de "comprar" para "manter". Já em relação à EDP Renováveis tomou uma decisão oposta, passando de "manter" para "comprar". A subsidiária de energias limpas segue hoje a avançar 0,36% para os 11,28 euros. Os analistas apontam uma tendência de rotação de ativos, em que os investidores voltam agora a apostar naqueles que foram mais castigados pela pandemia.
A Galp segue em sintonia com as cotações do petróleo, que caem pela segunda sessão consecutiva pela primeira vez em três semanas, num dia em que se espera que os números oficiais confirmem o maior aumento nas reservas dos Estados Unidos de que há registo este ano.
(Notícia em atualização)