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PSI-20 cai pelo quarto dia para mínimo de duas semanas
A bolsa nacional negociou no vermelho pela quarta sessão consecutiva, deixando a bolsa nacional em mínimos de 10 de janeiro. Perdas da Galp Energia e do setor do papel foram as que mais penalizaram, enquanto as subidas do grupo EDP atenuaram a queda da praça lisboeta.
O índice PSI-20 fechou a sessão desta quinta-feira, 23 de janeiro, a perder 0,55% para 5.234,74 pontos, com 12 cotadas em queda, cinco em alta e uma inalterada. Naquele que foi o quarto dia consecutivo a acumular perdas, a praça lisboeta recuou mesmo para a cotação mais baixa desde 10 de janeiro.
Com a generalidade das bolsas do velho continente também no vermelho, o índice de referência europeu Stoxx600 seguiu a tendência internacional e registou a quarta queda seguida, sobretudo pressionada pelas desvalorizações dos setores das matérias-primas, automóvel e turismo.
A justificar o pessimismo nos mercados bolsistas mundiais, e a queda do setor europeu ligado às viagens, está o agravar do surto do novo vírus da pneumonia (coronavírus), situação que poderá levar a que seja decretada emergência global pela Organização Mundial de Saúde.
Os investidores temem que as consequências de uma pandemia provoquem num maior abrandamento da economia global do que o previsto pelos economistas.
Em Lisboa foi uma sessão marcada por altos e baixos de diversas principais cotadas. Se as cotadas do grupo EDP registaram novos máximos, a Galp e os CTT recuaram para mínimos.
A petrolífera perdeu 3,19% para 14,10 euros para negociar em mínimos de 24 de outubro, acompanhando a desvalorização acentuada do preço do petróleo – em Londres, o Brent cai cerca de 3% - provocada pelo facto de as reservas de gasolina dos Estados Unidos terem atingido o nível mais elevado de sempre. A pressionar os títulos da Galp Energia terá estado ainda o anúncio ontem feito de que a empresa chegou a acordo com o grupo ACS para a aquisição de projetos de produção de energia fotovoltaica em Espanha no valor de 450 milhões de euros, podendo o investimento da petrolífera portuguesa pode chegar aos 2,2 mil milhões de euros até 2023.
Destaque pela negativa ainda para os CTT, que recuaram 3,34% para 3,072 euros e que tocaram na cotação mais baixa desde 29 de novembro, e para o setor do papel. A Altri deslizou 3,91% para 5,895 euros, a Semapa caiu 2,58% para 12,86 euros, e a Navigator desceu 2,07% para 3,304 euros.
Também em queda fecharam a Sonae (-1,56% para 0,8505) e a Jerónimo Martins (-0,10% para 15,43 euros).
A impedir uma maior descida da bolsa nacional esteve o grupo EDP. A EDP somou 1,45% para 4,212 euros num dia em que tocou em máximos de fevereiro de 2008 ao transacionar nos 4,226 euros por ação. A elétrica liderada por António Mexia anunciou hoje a realização de um investimento de 6 milhões na empresa GridBeyond, que se dedica a otimizar o consumo energético para clientes empresariais no Reino Unido e Irlanda.
Já a EDP Renováveis ganhou 2,74% para 11,26 euros após ter estabelecido um novo máximo histórico (11,42 euros) no decurso da sessão.