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Polónia anula efeito Isabel dos Santos no BCP e Costa anima BPI

Depois da forte subida registada durante a manhã, o BCP fechou a sessão no vermelho. A apoiar os títulos do banco esteve o efeito Isabel dos Santos, que pretenderá entrar no capital do BCP, e a penalizar estiveram os riscos da operação polaca do banco.

Pedro Catarino/Correio da Manhã
21 de Março de 2016 às 18:12
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A sessão bolsista desta segunda-feira, 21 de Março, registou sentimento distintos na negociações das acções do BCP. Depois da acentuada subida registada durante a manhã, beneficiando das notícias relativas à intenção da empresária angolana Isabel dos Santos entrar no capital do banco liderado por Nuno Amado, o que permitiu aos títulos da instituição somar 4,88%, ao início da tarde o banco inverteu tendo mesmo chegado a cair perto de 1,5% para depois fechar o dia a ceder 0,89% para 0,0444 euros.

 

Foi uma sessão em que foram transaccionadas mais de 519,5 milhões de acções do banco, valor que compara com a média diária dos últimos seis meses de menos de 314,5 milhões de títulos.

 

A contribuir para a valorização registada no início da sessão estiveram as notícias sobre a intenção de Isabel dos Santos entrar directamente no capital do BCP. A notícia avançada pelo Expresso referia que a filha do presidente angolano, mesmo depois de finalizar as negociações sobre a venda da posição detida no BPI aos espanhóis do CaixaBank, pretende continuar ligada ao sistema financeiro português, designadamente através de uma entrada directa no capital do banco liderado por Nuno Amado.

 

Por outro lado, a contribuir para o fecho em terreno negativo esteve o alerta lançado pela agência Moody’s, que considera que a filial polaca do BCP (Millennium Bank) será um dos bancos mais "vulneráveis" aos efeitos negativos decorrentes da conversão dos créditos denominados em francos suíços para zlotys. A Moody's estima que, no cenário mais provável, as perdas para o sistema financeiro polaco poderão ser de 66,9 mil milhões de zlotys (15,7 mil milhões de euros).

 

António Costa impulsiona BPI

 

Em campo oposto esteve o BPI, que transaccionou praticamente durante toda a sessão em terreno positivo. O banco acabou o dia a somar 2,87% para 1,325 euros depois de ter tocado em máximos de Junho de 2015 ao negociar nos 1,342 euros, isto numa sessão em que trocaram de mãos quase 6,3 milhões de títulos do banco liderado por Fernando Ulrich, valor que compara com a média diária dos últimos seis meses que é pouco superior a 3,6 milhões.

 

Esta performance acontece já depois de no fim-de-semana o primeiro-ministro português, António Costa, ter dado garantias de que tudo fará para assegurar a estabilidade do sistema financeiro luso.


"Foi o que fizemos com o 
Banif, é o que fizemos [sic] com o BPI e é o que faremos com o Novo Banco e é o que faremos com todos porque há que virar a página da instabilidade sobre o nosso sistema financeiro", declarou António Costa no passado sábado.

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