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Pharol com a maior queda mensal em dois anos. Renováveis tem o maior ciclo de ganhos de sempre

O mês de agosto foi marcado por oscilações na bolsa nacional, tendo terminado com um balanço no vermelho. Pela negativa o grande destaque foi a Pharol, que perdeu mais de um quarto do seu valor. Do lado oposto esteve a EDP Renováveis, com uma subida mais modesta mas que completa o maior ciclo de ganhos mensal desde junho de 2018.

Miguel Baltazar
Sara Antunes saraantunes@negocios.pt 30 de Agosto de 2019 às 18:00

Agosto foi marcado por alguma turbulência nos mercados bolsistas. A guerra comercial, o Brexit, a crise política em Itália e o aumento dos receios de uma recessão mundial foram os principais focos de atenção dos investidores, que acabaram por penalizar a negociação bolsista. E Lisboa não escapou.

 

O PSI-20 perdeu 2,46% no acumulado do mês de agosto, correspondendo à segunda queda mensal consecutiva, o que ainda não tinha acontecido este ano. O principal índice nacional chegou a acumular quedas desde o início do ano, mas recuperou entretanto e segue com um balanço positivo de 3,3% em 2019.

 

A contribuir para a queda mensal estiveram 12 cotadas, com especial destaque para a Pharol, que deslizou 26,55%. Esta foi a desvalorização da empresa liderada por Palha da Silva mais acentuada desde novembro de 2017. A queda surgiu num mês marcado pela apresentação de resultados da Oi, detida em cerca de 5% pela Pharol. A operadora brasileira reportou uma queda nas receitas e um agravamento dos prejuízos no segundo trimestre.

 

Dias antes de serem conhecidos os números da Oi foi revelado que o BCP executou as ações que a High Bridge tinha da Pharol, com o banco a ficar com cerca de 10% do capital da empresa. A instituição financeira deixou claro que a sua intenção é vender estas ações, o que se revela um ponto de pressão, já que há a perspetiva de que seja injetado no mercado um número elevado de títulos.

 

O BCP também se destacou no mês, sendo a segunda cotada que mais caiu 16,44%. Esta foi mesmo a queda mensal mais pronunciada do banco liderado por Miguel Maya desde junho de 2016. A contribuir para este desempenho estiveram vários fatores: os resultados, em especial a expectativa de deterioração das margens do banco; o ambiente de baixas taxas de juro na Europa – prevendo-se que desçam mais, o que penaliza o setor financeiro – e os desenvolvimentos na Polónia sobre a conversão dos crédito concedidos em francos suíços para zlótis.

 

Do lado oposto, destaque para a EDP Renováveis, que subiu 7,97%, o que corresponde ao maior ganho mensal desde junho de 2018, um período marcado pelo lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) por parte da China Three Gorges (CTG) sobre o grupo EDP. Uma operação que acabou por não se concretizar.  

 

A empresa de energias renováveis fecha assim a nona subida mensal consecutiva, o que é o maior ciclo de ganhos mensais alguma vez vivido pela cotada liderada por João Manso Neto.

 

A EDP Renováveis tem vindo a subir progressivamente, atingindo máximos históricos, num período marcado pela instabilidade internacional, mas também com notícias de novos contratos e venda de ativos.

 

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