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Pharol afunda 7% com nova versão do plano de recuperação da Oi

A nova versão do plano de recuperação da Oi, que resultará na diluição da posição da Pharol, está a penalizar as acções em bolsa. Os títulos negoceiam novamente abaixo dos 30 cêntimos.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
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As acções da Pharol estão a afundar na bolsa de Lisboa, reagindo à nova versão do plano de recuperação da Oi - que foi conhecido ontem à noite – e que resultará na diluição da posição da empresa liderada por Palha da Silva na operadora brasileira.

Os títulos da antiga PT SGPS, que detém mais de 20% da Oi, descem nesta altura 4,17% para 29,9 cêntimos, depois de terem chegado a afundar um máximo de 7,05% para 29 cêntimos durante a manhã.

Só nas primeiras duas horas de negociação já trocaram de mãos mais de 9,3 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além dos 5,5 milhões.

Credores podem ficar com 95% do capital

A Pharol reage assim à nova versão do plano de recuperação judicial da Oi, que já foi entregue na 7ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, e que prevê a possibilidade de converter créditos até 75% do capital e o parcelamento, em 20 anos, das dívidas que a operadora tem junto da Anatel, devido a multas.

Além disso, a proposta prevê a realização de um aumento de capital mínimo de 4 mil milhões de reais, que poderá pode chegar a 6,5 mil milhões.

No comunicado ao mercado, a Oi informou ontem que "foi protocolada (…) nova versão com alterações ao Plano de Recuperação Judicial das Recuperandas, a qual será submetida à assembleia geral de credores a ser realizada no dia 19 de Dezembro de 2017, às 11h, em primeira convocação".

 

"Nesta data, um grupo de titulares de obrigações confirmou à companhia estar disposto a prontamente fornecer ou obter compromissos firmes de garantia da subscrição integral do aumento de capital de 4 mil milhões de reais [1,02 mil milhões de euros] previsto no Plano, de acordo com condições previstas em instrumentos contratuais a serem de boa-fé negociados e celebrados entre tais credores e a Oi antes da realização da assembleia de credores", acrescenta o documento.

 

Em meados de Outubro, numa entrevista à Reuters, o CEO da Pharol, Palha da Silva, afirmou estar ciente dos sacríficos exigidos a todos os "stakeholders" e admitiu não temer ver a sua posição reduzida. Nessa altura, o responsável referia-se à versão do plano de recuperação entregue a 11 de Outubro, que incluía um aumento de capital no valor total de 9 mil milhões de reais.

 

Depois de ter sido adiada quatro vezes, a assembleia de credores está agora agendada para 19 de Dezembro em primeira convocação – e, caso seja necessário, poderá prosseguir a 20 de Dezembro. A segunda convocação foi mantida para o dia 1 de Fevereiro, podendo a assembleia continuar no dia seguinte.

 

Apesar da forte descida das acções, a Pharol acumula uma subida superior a 42% este ano.

 

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