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Paciência da Fed, Facebook e Microsoft deixam bolsas dos EUA divididas

Os índices norte-americanos preparam-se para fechar o mês com uma valorização acima de 6%, compensando assim parte do desempenho negativo de 2018.

Reuters
31 de Janeiro de 2019 às 14:52
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As bolsas norte-americanas arrancaram a última sessão de janeiro com sinal misto, com as ações a serem apoiadas pela reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) e por resultados apresentados por diversas companhias, com destaque para o Facebook. Ainda assim, os resultados da Microsoft e da Tesla não agradaram, o que justifica a queda do Dow Jones

 

O Nasdaq valoriza 0,38% para 7.210,16 pontos e o S&P500 segue inalterado. O Dow Jones recua 0,52% para 24.882,47 pontos.  O índice tecnológico acumula ganhos acima de 8% em janeiro, enquanto o Dow Jones e o S&P500 sobem mais de 6% no mês que hoje termina.

 

Na quarta-feira as bolsas norte-americanas já tinham beneficiado com os resultados da reunião da Fed, mas o otimismo com a evolução da política monetária na maior economia do mundo continua a impulsionar as ações, sobretudo do setor financeiro.

 

Isto porque o banco central prometeu ser "paciente" na evolução da política monetária e deixou mesmo em aberto o que poderá fazer no futuro, admitindo que a próxima alteração de juros possa ser para subir ou descer o preço do dinheiro. 

 

O inesperado novo "guidance" da instituição liderada por Jerome Powell levou já o mercado a ajustar as expectativas para a evolução dos juros ao longo de 2019. Se antes apontavam para uma ou duas subidas de juros este ano, agora os investidores estão a atribuir uma probabilidade de apenas 25% a uma subida em 2019.

 

Além do efeito Fed, as bolsas norte-americanas também estão a ser impulsionadas pelos resultados acima do esperado do Facebook, embora os números anunciados pela Microsoft e Tesla estejam a ser mais recebidos.

 

As ações da rede social disparam 10,77% para 166,6 dólares, depois de ontem a companhia liderada por Marck Zuckerberg ter anunciado lucros acima do esperado. As vendas aumentaram 30% no quarto trimestre, para 16,91 mil milhões de dólares, quando a projeção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 16,39 mil milhões.    

 

Já a Microsoft desvaloriza 1,84% para 104,4 dólares pois as receitas ficaram apenas em linha com o esperado e o crescimento na unidade de cloud ter abrandado face ao ano anterior.

 

A Tesla também contribui de forma negativa, depois de ter anunciado resultados abaixo do esperado e a saída do seu administrador financeiro. As ações da fabricante de carros elétricos descem 3,85% para 296,8 dólares.  

 

A condicionar o sentimento dos investidores continuam as negociações entre os Estados Unidos e a China para colocarem fim à disputa comercial entre as duas economias. No dia em que se encontra com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, o presidente dos Estados Unidos avisou que não será fechado nenhum acordo comercial com a China sem que antes se reúna com o presidente Xi Jinping a fim de superar os principais obstáculos negociais.

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