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OPA da Sonae sobre a Sonaecom arranca esta quarta-feira

A operação arranca esta quarta-feira e termina no próximo dia 14 de abril. A contrapartida é de 2,5 euros por ação. A Sonae deixa claro que tem a intenção de avançar para uma aquisição potestativa e já tem um plano B caso não consiga.

Paulo Duarte
14 de Março de 2023 às 20:21
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Foi registada esta terça-feira a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonae sobre a Sonaecom, informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em comunicado.

Paralelamente, foi ainda publicado o prospeto da operação, que dá conta de que a OPA arranca já esta quarta-feira, 15 de março, e dura até ao próximo dia 14 de abril. A OPA terá como intermediário financeiro o CaixaBI.

"A oferta é geral e voluntária e abrange todas as ações emitidas e admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon representativas do capital social da [Sonaecom], incluindo as ações próprias", pode ler-se no prospeto. 

Na OPA são apenas excluídas as ações detidas "diretamente" pela Sonae e as "194.063.119 ações detidas pela Sontel", acrescenta o documento. 

A Sonae pretende assim adquirir um total de 35.228.749 ações da Sonaecom.

No prospeto a dona do Continente faz ainda uma alteração ao conceito de eficácia da oferta, deixando esta de estar subordinada à necessidade da Sonae passar a deter "mais de 90% dos direitos voto". 

Assim, a empresa liderada por Cláudia Azevedo vai "adquirir todas as ações da Sonaecom relativamente às quais os seus titulares transmitam ordem de venda, mesmo que não venha a adquirir aquela percentagem".

Em troca, a "holding" liderada por Cláudia Azevedo paga uma contrapartida de 2,5 euros por ação, ficando 4,94% abaixo da cotação de fecho desta terça-feira (2,63 euros).

 

No prospeto a Sonae manifestou ainda a intenção de, "no prazo de três meses subsequentes  ao apuramento do resultado da oferta, recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa", o que implica a venda obrigatória das ações remanescentes da OPA, por uma contrapartida de também 2,5 euros por título.

 

Para tal, a empresa liderada por Cláudia Azevedo terá, nos termos do Código dos Valores Mobiliários (CVM), de alcançar o limiar dos 90% do capital social, o que ainda não conseguiu.

Segundo o prospeto, até à data da publicação do documento, a Sonae detém 90,301% dos direitos de voto da Sonaecom, mas ainda tem apenas 88,685% do capital social.

Para chegar a este limiar a empresa terá assim de gastar cerca de 10,2 milhões de euros, já para alcançar a totalidade das ações da Sonaecom o investimento ascende a um valor em torno de 88 milhões de euros, tendo em conta o número de ações a adquirir multiplicado pela contrapartida estipulada.

 

Caso a Sonae não consiga reunir os requisitos para avançar com a aquisição potestativa, a dona do Continente deixa claro que vai seguir uma estratégia de "reforço da posição de influência da Sonaecom na Nos".

Além disso, a "holding" deverá concentrar na Sonaecom os investimentos do grupo focados em tecnologia e inovação, "alargando, por um lado, o seu espetro de atuação de  maneira a abranger outros segmentos e setores e, por outro, aumentando o capital alocado a este tipo de investimentos".


(Notícia atualizada às 21h04). 

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