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OPA da Sonae sobre a Sonaecom arranca esta quarta-feira
A operação arranca esta quarta-feira e termina no próximo dia 14 de abril. A contrapartida é de 2,5 euros por ação. A Sonae deixa claro que tem a intenção de avançar para uma aquisição potestativa e já tem um plano B caso não consiga.
Foi registada esta terça-feira a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonae sobre a Sonaecom, informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em comunicado.
Paralelamente, foi ainda publicado o prospeto da operação, que dá conta de que a OPA arranca já esta quarta-feira, 15 de março, e dura até ao próximo dia 14 de abril. A OPA terá como intermediário financeiro o CaixaBI.
"A oferta é geral e voluntária e abrange todas as ações emitidas e admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon representativas do capital social da [Sonaecom], incluindo as ações próprias", pode ler-se no prospeto.
Na OPA são apenas excluídas as ações detidas "diretamente" pela Sonae e as "194.063.119 ações detidas pela Sontel", acrescenta o documento.
A Sonae pretende assim adquirir um total de 35.228.749 ações da Sonaecom.
Assim, a empresa liderada por Cláudia Azevedo vai "adquirir todas as ações da Sonaecom relativamente às quais os seus titulares transmitam ordem de venda, mesmo que não venha a adquirir aquela percentagem".
Em troca, a "holding" liderada por Cláudia Azevedo paga uma contrapartida de 2,5 euros por ação, ficando 4,94% abaixo da cotação de fecho desta terça-feira (2,63 euros).
No prospeto a Sonae manifestou ainda a intenção de, "no prazo de três meses subsequentes ao apuramento do resultado da oferta, recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa", o que implica a venda obrigatória das ações remanescentes da OPA, por uma contrapartida de também 2,5 euros por título.
Para tal, a empresa liderada por Cláudia Azevedo terá, nos termos do Código dos Valores Mobiliários (CVM), de alcançar o limiar dos 90% do capital social, o que ainda não conseguiu.
Segundo o prospeto, até à data da publicação do documento, a Sonae detém 90,301% dos direitos de voto da Sonaecom, mas ainda tem apenas 88,685% do capital social.
Para chegar a este limiar a empresa terá assim de gastar cerca de 10,2 milhões de euros, já para alcançar a totalidade das ações da Sonaecom o investimento ascende a um valor em torno de 88 milhões de euros, tendo em conta o número de ações a adquirir multiplicado pela contrapartida estipulada.
Caso a Sonae não consiga reunir os requisitos para avançar com a aquisição potestativa, a dona do Continente deixa claro que vai seguir uma estratégia de "reforço da posição de influência da Sonaecom na Nos".
(Notícia atualizada às 21h04).