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Novo alvo chinês e "paciência" da Fed desanimam Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, pressionadas por um novo episódio nas tensões EUA-China e pelo facto de a Fed ter reiterado a postura "paciente" em matéria de política monetária, o que fez diminuir as apostas numa nova descida de juros este ano.
O Standard & Poor’s 500 fechou a recuar 0,28% para 2.856,27 pontos e o Dow Jones cedeu 0,39% para 25.776,34 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,45% para 7.750,84 pontos.
Depois da Huawei, o governo dos Estados Unidos estará a ponderar aplicar restrições semelhantes a mais cinco tecnológicas chinesas, entre as quais a fabricante de equipamentos de videovigilância Hikvision, o que deverá agravar ainda mais as tensões entre os dois países.
A notícia foi avançada esta quarta-feira, um dia depois de a Administração Trump ter dado um passo atrás nas medidas contra a gigante chinesa das telecomunicações, adiando por três meses as restrições aplicadas às trocas comerciais entre esta e as tecnológicas norte-americanas.
Este novo foco de tensão nas relações comerciais entre Washington e Pequim penalizou o sentimento dos investidores, levando Wall Street a negociar no vermelho, com especial destaque para o setor tecnológico.
Também as cotadas da energia sobressaíram pelo lado negativo, num dia em que os preços do petróleo perderam terreno, penalizados pelo aumento inesperado dos stocks norte-americanos de crude e de gasolina na semana passada.
Já os títulos do retalho recuaram com os lucros trimestrais dececionantes da Lowe’s e da Nordstrom.
Outro fator de pressão, já perto do final da jornada, esteve nas atas relativas à última reunião da Fed, que pesaram na expectativa de taxas de juro mais baixas este ano – as probabilidades de isso acontecer desceram.
No entanto, as bolsas do outro lado do Atlântico conseguiram encerrar longe dos mínimos da sessão.